Os deputados ex-ministros Lluís Puig e Clara Ponsat (do Juntos pela Catalunha) e Meritxell Serret (da ERC) , exilados em Bruxelas tal como Carles Puigdemont, renunciaram aos seus cargos este domingo. A decisão deverá ser formalizada amanhã, segunda-feira.
A decisão foi comunicada por Lluís Puig na rede social Twitter. O deputado falou em "ato de dignidade pelo país". A ERC, no entanto, ainda não confirmou oficialmente que Serret vai mesmo renunciar.
Impedidos de delegar o seu voto para a investidura do novo governo catalão, agendada para a próxima terça-feira, os deputados tomaram esta decisão para assegurar a maioria que permitirá a Carles Puigdemont ser eleito presidente da Generalitat.
Para isso, no entanto, o ex-líder terá de regressar a Espanha. Se o fizer, será detido e, posteriormente, terá de obter a autorização do juiz do supremo tribunal, Pablo Llarena, para marcar presença na sessão de terça-feira no parlamento catalão.
Sempre he dit que sabíem com sumar 68 a la sessió d' investidura del MHP @KRLS , demà presento la meva renúncia a Diputat, conscient que amb @ClaraPonsati i @MeritxellSerret fem un acte de dignitat pel nostre país. @JuntsXCat i @Esquerra_ERC ho saben gestionar
— Lluís Puig i Gordi (@PuigGordi) January 28, 2018
Este domingo, o deputado do Juntos pela Catalunha Josep Rull garantiu que Puigdemont pretende regressar a Espanha para tomar posse como presidente. No entanto, o líder do Juntos pela Catalunha exige "garantias" do supremo tribunal, uma vez que, para marcar presença e ser investido, precisa de uma autorização judicial, tendo em conta a ordem de busca e captura vigente.
A renúncia dos três deputados exilados surge na sequência da decisão do tribunal constitucional, no sábado, que impediu a investidura à distância de Puigdemont. Esta rejeição estende-se também aos deputados exilados em Bruxelas, impedidos de delegar o seu voto.
Nesse sentido, para garantirem a maioria independentista na votação, Lluís Puig Gordi, Clara Ponsatí e Meritxell Serret renunciaram ao cargo.
Tudo se encaminha para que Puigdemont regresse mesmo a Espanha. Resta saber até que ponto o Supremo irá autorizar a sua presença na sessão de terça-feira.