O jornal, que cita "fontes diplomáticas" sem especificar, assinala que esta perspetiva está a ser atualmente equacionada entre o Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, e o primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, que "de alguma forma é o mediador".
"Hoje, também existe do lado kosovar quem advogue esta ideia", indicaram as mesmas fontes ao diário sérvio.
No entanto, o jornal assinala que esta ideia "é de momento contrária a tudo o que a comunidade internacional efetuou na região nos últimos 30 anos".
A eventual partilha abrangeria a zona norte do Kosovo com maioria de população sérvia e o vale de Presevo, no sul da Sérvia, onde se concentra a maioria albanesa do país eslavo.
Segundo o diário, "fontes diplomáticas especulam que também existe algum documento sobre o tema do intercâmbio de territórios e que circula em determinados círculos".
As fontes citadas asseguram que a União Europeia (UE) não se oporia a este arranjo territorial caso implicasse um acordo final entre o Kosovo e a Sérvia e o reconhecimento "formal ou informal" de Pristina pelas autoridades de Belgrado.
A antiga província sérvia com maioria de população albanesa proclamou em 2008 a independência unilateral, que não é reconhecida por Belgrado.
A independência do Kosovo foi apoiada pelos Estados Unidos e a maioria dos países da UE, mas continua a não ser reconhecida pela Espanha, Roménia, Chipre, Grécia, Eslováquia, para além da Rússia, China, Índia ou Brasil.
A Sérvia e o Kosovo, sob mediação da UE, prosseguem um diálogo para a normalização das relações e os progressos nas negociações permanecem condição essencial para as aspirações das duas capitais à adesão ao projeto europeu.
No verão, Vucic pediu a sérvios e albaneses kosovares para aceitarem compromissos e garantirem uma solução duradoura para o conflito destinada a "desatar o nó górdio kosovar", mas assegurou que a solução não implicará o reconhecimento pela Sérvia da soberania do Kosovo.