Os factos relacionados com as violações estão contidos numa resolução não-vinculativa aprovada pela comissão da ONU, que será debatida em dezembro, em sessão plenária.
Proposta pela União Europeia e o Japão, a resolução condena a Coreia do Norte por "afetar os seus recursos na prossecução dos seus programas de armas nucleares e balísticas em detrimento do bem-estar da sua população".
O texto alude a "uma inquietude muito séria" face ao recurso de Pyongyang à tortura, às execuções sumárias, às detenções arbitrárias e ao rapto de estrangeiros no interior e no exterior da Coreia do Norte.
O embaixador norte-coreano na ONU, Ja Song Nam, observou que o seu Governo "rejeita categoricamente" esta resolução, sublinhando que se trata de uma manobra para desacreditar o regime de Pyongyang.
Nam atacou também os Estados Unidos pela apresentação de duas resoluções de sanções recentes contra o país, que o embaixador considerou como "bárbaras", uma "violenta violação dos direitos humanos e um crime de genocídio".
A resolução da Comissão dos Direitos do Homem critica também a suspensão, desde outubro de 2015, das reuniões das famílias que vivem nas duas Coreias.
Na sequência da morte de um estudante de Medicina, em junho, Otto Warmbier, 22 anos, detido em janeiro do ano passado durante uma viagem turística à Coreia do Norte, esta resolução reclama ainda a Pyongyang para conceder acesso consular a prisioneiros estrangeiros e permitir comunicação com as suas famílias.
A Coreia do Norte realizou vários testes de mísseis balísticos e um teste nuclear neste verão, enquanto 18 milhões de norte-coreanos, 70% da população, sofrem com falta de alimentos.