"A resposta a esta questão, designadamente na Catalunha, deve ser encontrada no respeito pela vontade dos povos e no quadro de uma solução política e não no recurso à coação e repressão", afirmou a mesma fonte.
Para o PCP, "a questão nacional em Espanha tem que ser olhada com a complexidade que a história e a realidade daquele país encerra".
O referendo sobre a independência da comunidade autónoma espanhola da Catalunha, convocado pelo governo regional catalão (Generalitat), foi travado pelo Tribunal Constitucional de Espanha.
A mesma instância judicial suspendeu também em 12 de setembro a chamada "lei da transitoriedade", aprovada na semana anterior pelo parlamento regional catalão, que permitiria pôr em marcha um novo Estado em forma de república, e da qual o Governo de Madrid apresentou recurso.
O recurso apresentado pelo executivo espanhol contra essa lei considera a norma "a maior afronta e ameaça" às bases sobre as quais assenta a convivência em Espanha desde 1978 (data da Constituição espanhola) e o "maior ataque concebível" aos valores democráticos.
A quase uma semana da consulta popular, que ainda não se sabe se se vai realizar, tem aumentado a tensão entre os separatistas da Catalunha e as instituições espanholas que tentam impedir a realização do referendo.
A polícia espanhola apreendeu na quarta-feira, nos arredores de Barcelona, quase dez milhões de boletins de voto que iam ser utilizados no referendo de 01 de outubro, e numa outra operação revistou uma série de edifícios do Governo regional e deteve 14 pessoas alegadamente envolvidas na preparação da consulta popular.