Meteorologia

  • 03 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 10º MÁX 19º

Exército birmanês retira acusações contra três jornalistas detidos

O exército da Birmânia retirou as acusações contra três jornalistas detidos em junho após uma visita a uma zona controlada pelas guerrilhas, informou hoje a Associação para a Assistência de Presos Políticos (AAPP).

Exército birmanês retira acusações contra três jornalistas detidos
Notícias ao Minuto

07:08 - 01/09/17 por Lusa

Mundo Guerrilha

Além de terem retirado as acusações contra Lawi Weng (do jornal The Irrawaddy), Aye Nai e Pyae Phone Naing (da rádio Democratic Voice of Burma), os militares também deixaram cair a denúncia contra outras três pessoas que ajudaram os jornalistas a chegar à zona rebelde.

"Acreditamos que vão ser libertados hoje", assinalou a AAPP numa mensagem publicada na rede social Twitter.

As seis pessoas foram detidas em 26 de junho num controlo militar numa estrada de Payargyi, no estado de Shan, perto da zona controlada pela guerrilha Exército de Libertação Nacional Ta'ang (TNLA), no nordeste do país.

Os jornalistas viajaram para um acampamento da guerrilha para fazer a cobertura da destruição de uma plantação de ópio, por ocasião do Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas, assinalado a 26 de junho.

Organizações de jornalistas e de defensores dos direitos humanos têm vindo a denunciar o "clima de represálias" contra os 'media' sob o governo democrático da Birmânia, liderado, de facto, pela Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.

Desde a chegada ao poder do partido de Suu Kyi, em 2016, pelo menos 71 pessoas, incluindo vários jornalistas, foram detidas e acusadas de difamação nas redes sociais.

O TNLA é uma das organizações armadas que não assinou qualquer acordo de cessar-fogo com as autoridades birmanesas e mantém os combates com o exército no nordeste do país.

Num relatório publicado recentemente, a Amnistia Internacional acusou o exército birmanês de perpetrar abusos contra a população civil nos estados Shan e Kachin, e denunciou atos de tortura, execuções extrajudiciais, bombardeamentos indiscriminados de aldeias e de restrições à ajuda humanitária.

A ONG também acusou o TNLA de cometer abusos contra civis, citando nomeadamente o recrutamento forçado.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório