Militares da Coreia do Sul alvo de 'caça às bruxas gay'

Dezenas de soldados já foram detidos.

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Patrícia Martins Carvalho
12/06/2017 09:46 ‧ 12/06/2017 por Patrícia Martins Carvalho

Mundo

Homossexualidade

A homossexualidade é um crime que, no exército da Coreia do Sul, é punido com uma pena de prisão de até dois anos e são vários os militares que estão acusados de terem relações sexuais com outros homens.

Em declarações à CNN, um sargento que não se quis identificar por medo de represálias, contou que os investigadores do Exército o abordaram, dizendo-lhe que sabiam que era homossexual e que o seu companheiro já havia “confessado os crimes”.

Durante o interrogatório, revela o Sargento ‘A’, foram-lhe feitas várias perguntas pessoas e íntimas, ao ponto de se ter sentido “desconfortável e humilhado”.

“Eu estava assustado. A atmosfera era muito opressiva e até humilhante”, disse à cadeia de televisão norte-americana.

Como o Sargento ‘A’ existem outras dezenas de militares que estão a ser perseguidos por serem homossexuais, uma escolha sexual que apenas é considerada crime no exército, uma vez que na sociedade civil não há essa criminalização.

Porém, advertem as organizações de direitos humanos, embora a homossexualidade não seja punida criminalmente, a verdade é que os homossexuais continuam a ser discriminados.

A diretora da Amnistia Internacional da Ásia Este, Roseann Rife, já veio condenar o sucedido, descrevendo o que se passa no exército sul-coreano como uma “caça às bruxas gay”.

Por seu lado, o Exército não quis responder às questões da CNN, encaminhando a cadeia de televisão para um comunicado emitido em abril: “Para manter a comunidade militar saudável e, dada a sua especial natureza de disciplina militar, as relações sexuais com soldados do mesmo sexo são punidas pela lei militar como sendo uma conduta vergonhosa”.

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