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Num país dividido, Emmanuel Macron tem pela frente grandes desafios

O Presidente francês eleito Emmanuel Macron tem pela frente a tarefa de unir um país profundamente dividido e enfrentar importantes desafios, do combate ao desemprego ao relançamento da Europa.

Num país dividido, Emmanuel Macron tem pela frente grandes desafios
Notícias ao Minuto

08:24 - 12/05/17 por Lusa

Mundo Eleições França

Macron tem desde logo de conseguir uma maioria nas legislativas de 11 e 18 de junho que lhe permita o apoio parlamentar necessário às reformas que pretende fazer.

A tarefa não vai ser fácil. O centrista, 39 anos, chega à Presidência com o país praticamente "partido em quatro" e polarizado na segunda volta para impedir a eleição da candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, que mesmo assim obteve mais de 10 milhões de votos.

As sondagens indicam para já que metade (49%) dos franceses não quer que Macron tenha uma maioria na assembleia e que as intenções de voto repetem de alguma forma a divisão "em quatro" da primeira volta das presidenciais na primeira volta das legislativas, a 11 de junho.

Segundo uma simulação dessa votação, o movimento de Macron e o MoDem (centrista) de François Bayrou reúnem 24% das intenções de voto, Os Republicanos de François Fillon 22%, e a Frente Nacional de Le Pen 21%. A França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon recolhe 15% das intenções de voto e o Partido Socialista 9%.

A composição da Assembleia Nacional vai ser decisiva para a capacidade do governo de enfrentar os problemas que preocupam os franceses.

Desde logo, o desemprego: 10%, contra uma média de 8% na União Europeia e apenas 3,9% na vizinha Alemanha.

Macron, que lamentou na campanha que França seja "o único grande país da UE que não conseguiu resolver o problema do desemprego maciço", quer reformar o mercado de trabalho rapidamente, até ao verão, o que implicaria fazê-lo por decreto, o que implica uma elevada de probabilidade de grandes protestos sociais.

Macron prometeu trabalhar para o pleno emprego, com 7% de desemprego dentro de cinco anos, alcançável através de medidas liberais como a redução dos encargos das empresas com o trabalho ou a flexibilização do horário laboral.

Prioritária também é a luta contra o terrorismo, num país onde vários atentados terroristas mataram 239 pessoas desde 2015 e que continua sob o estado de emergência e de onde partiram centenas de jovens que se juntaram aos 'jihadistas' na Síria e no Iraque, cujo regresso é em si uma ameaça considerável.

Macron quer ainda relançar a relação entre a UE e os cidadãos, fortemente abalada com a crise das migrações e o 'Brexit' e amaldiçoada pela extrema-direita francesa.

Para isso, propõe-se aprofundar a cooperação com a Alemanha para relançar o motor franco-alemão e fazer em breve "uma ronda pelas capitais europeias" para sensibilizar os parceiros para a necessidade de um orçamento europeu, de uma "verdadeira política ambiental" europeia e para uma gestão dos fluxos migratórios eficaz e justa.

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