“Não vamos continuar as negociações de adesão com a União Europeia enquanto não houver um referendo”, afirmam na plataforma governamental o Partido do Progresso (centro) e o Partido da Independência (direita).
As negociações de adesão da Islândia à UE começaram em julho de 2010 e foram suspensas em janeiro passado devido à realização das eleições legislativas de 27 de abril.
Sondagens recentes mostraram que a maioria dos islandeses está contra a adesão do país à UE.
O novo Governo deve iniciar funções na quinta-feira. Os dois partidos que o formam elegeram, cada um, 19 deputados, num parlamento que conta com um total de 63 assentos, vencendo a coligação social-democrata no Governo desde 2009, que elegeu apenas nove deputados.
O líder do Partido do Progresso, Sigmundur David Gunnlaugsson, vai ser o primeiro-ministro e o líder do Partido Independente, Bjarni Benediktsson, será o ministro das Finanças.
Além do abandono da candidatura à UE, o programa de Governo dos dois partidos inclui temas comuns de campanha, como o alívio da dívida do imobiliário dos agregados com recurso a pagamentos pelos credores dos bancos islandeses que faliram em 2008 ou a simplificação do sistema fiscal para reduzir os impostos.