Meteorologia

  • 05 MAIO 2024
Tempo
18º
MIN 15º MÁX 20º

Presidente da Gâmbia deve sair em janeiro quando terminar o seu mandato

O representante da ONU na África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, afirmou hoje à agência France Presse que o presidente da Gâmbia, Yahya Jammeh, deve "estar pronto a ceder o poder" em janeiro.

Presidente da Gâmbia deve sair em janeiro quando terminar o seu mandato
Notícias ao Minuto

23:47 - 14/12/16 por Lusa

Mundo ONU

Ibn Chambas falava um dia depois de ter estado em Banjul, integrado numa missão de quatro chefes de Estado da África Ocidental para tentar convencer Jammeh a reconhecer definitivamente a sua derrota nas presidenciais e a ceder o poder.

"A oposição ganhou a eleição, que foi justa", afirmou o representante especial na região do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon.

O mandato de cinco anos de Jammeh termina a 19 de janeiro, lembrou Ibn Chambas, adiantando que "ele deve estar pronto a ceder o poder" nessa data.

Até lá, "é Jammeh que é o presidente constitucionalmente eleito. Esperamos que durante este período todas as suas ações sejam conformes à Constituição", sublinhou o responsável da ONU.

Após um dia de discussões, na terça-feira, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, que conduzia a delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, reconheceu que ainda não existia acordo acerca da partida de Jammeh.

No mesmo dia, o partido no poder pediu ao Supremo Tribunal para anular os resultados das eleições de 1 de dezembro, ganhas por Adama Barrow com 19 mil votos de diferença.

Jammeh, 51 anos e há 22 no poder, admitiu inicialmente a derrota, mas na sexta-feira à noite voltou atrás e recusou aceitar o resultado das eleições, alegando irregularidades na votação.

A União Africana considera que as eleições foram "livres e transparentes" e defende uma transferência de poderes "rápida e pacífica" para preservar a estabilidade e a democracia na Gâmbia e em toda a região.

Jammeh chegou ao poder em 1994 através de um golpe de Estado e é há muito acusado por organizações de defesa dos direitos humanos de deter, torturar e assassinar opositores.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório