"Denúncia pública: Detenção arbitrária de Rusbelia Astudillo. Familiares e colegas denunciam a detenção arbitrária de Rusbelia Astudillo, reconhecida defensora dos direitos humanos dos reformados e consultora jurídica da Fedeeração Nacional dos Reformados e Pensionistas de Venezuela (Fenajupv)", denunciou o Clippve na rede X.
Na mesma rede social, o Clippve precisa que "o incidente ocorreu na tarde de quarta-feira, 13 de agosto, quando foi intercetada por desconhecidos no setor Terrazas del Club Hípico, sem exibir um mandado ou informar o motivo da detenção".
"Até à data, desconhece-se o seu paradeiro e o seu estado físico", sublinha a ONG.
O Clippve lamentou que "mais uma idosa" se junte "à longa lista de pessoas detidas por motivos políticos na Venezuela, vítimas de um padrão de assédio e perseguição que viola os direitos fundamentais e denota a política de 'porta giratória' do Estado venezuelano", referindo-se à libertação de uns ativistas e prisão de outros.
"Exigimos que o Estado venezuelano informe imediatamente onde está detida Rusbelia Astudillo, garanta a sua integridade física, emocional e psicológica, permita o pleno acesso aos seus familiares, advogados de confiança e cuidados médicos, respeite o seu direito a um processo justo e a um advogado da sua confiança", lê-se na denúncia.
A detenção de Rusbelia Astudillo tem lugar dois dias depois de as autoridades libertarem a ativista dos direitos humanos Martha Lía Grajales, acusada, entre outros crimes, de conspiração com um governo estrangeiro, que tinha sido detida a 08 de agosto, em Caracas, no final de uma concentração de apoio a mulheres atacadas por grupos paramilitares.
A ONG Foro Penal (FP) contabilizou, em 04 de agosto, na Venezuela, 807 pessoas detidas por motivos políticos, 712 homens e 95 mulheres.
Do total de presos políticos, 638 são civis e 169 militares, correspondendo a 803 adultos e quatro adolescentes.
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