Libertada ativista venezuelana acusada de conspirar com governo estrangeiro

As autoridades venezuelanas libertaram a ativista dos direitos humanos Martha Lía Grajales, acusada, entre outros crimes, de conspiração com um governo estrangeiro, anunciou hoje o marido, após vários apelos internacionais para a libertação da advogada.

Relatives call for the release of detainees in Caracas

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Lusa
13/08/2025 15:54 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Martha Lía Grajales

"Quero informar que, pelas 21h00 [locais de terça-feira, 02h00 de hoje em Lisboa], Marta Lía recebeu uma medida alternativa à prisão e fomos buscá-la ao Instituto Nacional de Orientação Femenina (INOF)", anunciou António González Plessmann, num vídeo divulgado nas redes sociais.

 

Com dupla nacionalidade, venezuelana e colombiana, a ativista da organização não-governamental (ONG) SurGentes, Martha Lía Grajales, foi detida a 08 de agosto, em Caracas, no final de uma concentração de apoio a mulheres atacadas por grupos paramilitares.

No mesmo vídeo, António González Plessmann agradece a solidariedade que foi ativada dentro e fora da Venezuela.

"Sem a solidariedade de todas essas pessoas, dentro e fora da Venezuela, esta medida [substitutiva da prisão] não teria acontecido. É um exemplo importante, uma experiência que nos convida a refletir sobre a capacidade de mobilização de tantas pessoas como uma possibilidade de sucesso na luta pelos direitos humanos", referiu.

Uma das vozes que falou sobre a situação da ativista foi o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, que exigiu na segunda-feira a libertação "imediata" de Grajales.

A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional também solicitou a libertação da ativista, bem como a proteção de todas as garantias processuais, numa carta pública dirigida ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, na qual incluiu os nomes de outros presos políticos.

Ainda no vídeo publicado, António González Plessmann sublinhou, porém, que a ativista continua acusada de "três crimes muito graves que não cometeu: conspiração, incitamento ao ódio e associação para cometer um crime" e que continua sujeita "a um processo judicial que é claramente arbitrário".

António González denunciou ainda que a ativista foi sujeita a "um processo de desaparecimento forçado durante um curto período de tempo", esteve incontactável e que "foi desencadeada uma campanha mediática para criminalizar a luta pelos direitos humanos na Venezuela".

No entanto, frisou que a mulher foi tratada com dignidade e respeito durante todo o processo de detenção.

"Repito: o mais importante desta experiência é a luta que foi ativada, a solidariedade que foi ativada, o grande número de instituições, organizações nacionais e internacionais que se solidarizaram com a denúncia desta injustiça. O processo judicial continua e vamos enfrentá-lo para demonstrar a arbitrariedade destes acontecimentos", concluiu.

Leia Também: Justiça acusa ativista venezuelana de conspiração com governo estrangeiro

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