"Hoje é um dia importante para mim. Fico feliz por [o tribunal] ter reconhecido que a minha prisão e detenção foram ilegais", declarou num comunicado emitido a partir da prisão, onde está desde 2011.
Na sua deliberação, o tribunal condenou a Ucrânia por uma detenção "arbitrária ilegal", um gesto que a oposição considerou ser o primeiro passo para a libertação de Timochenko.
A sua filha caracterizou a decisão como uma "primeira vitória" e o seu advogado considerou que o principal adversário de Timochenko, o Presidente Viktor Yanukovich não teria alternativa a libertá-la.
Timochenko, que perdeu uma disputada eleição presidencial para Yanukovich em 2010, foi condenada a sete anos de prisão pelo que considera serem acusações infundadas de abuso de autoridade para conseguir um acordo relativo a gás natural com a Rússia, enquanto era primeira-ministra.
Foi também implicada no assassínio do político Yevgen Scherban, em 1996, acusação que também considera ter motivações políticas.
A pressão para libertar a ex-primeira-ministra parte também da União Europeia, que afirmou que disso depende um acordo comercial com a Ucrânia.
A Ucrânia tem agora três meses para recorrer da decisão, mas a Comissão Europeia deverá emitir em maio uma recomendação sobre a adopção do acordo comercial com Kiev.