Lego corta relações com Daily Mail. Empresa quer deixar de "fundar ódio"
Multinacional dinamarquesa não tenciona voltar a colaborar com jornal britânico de direita.
© Getty Images
Mundo Publicidade
A Lego anunciou oficialmente o fim dos seus acordos de negócio com o tablóide britânico Daily Mail após ter sido sensibilizada pela campanha pública online ‘Stop Funding Hate’, que tem como objetivo alertar as empresas que têm anúncios em publicações acusadas de promover “o ódio, a discriminação e a demonização”.
No passado dia 7 de novembro, a ‘Stop Funding Hate’ voltou a alertar a empresa de brinquedos dinamarquesa, partilhando a queixa de um consumidor.
O homem dava como exemplo um título do Daily Mail onde descrevia os dois juízes com o caso Brexit a cargo de uma forma preconceituosa.
We love this polite, friendly & heartfelt msg from Bob to @LEGO_Group urging them to #StopFundingHate ! https://t.co/9fsCGGwcRJ #keepitcivil
— Stop Funding Hate (@StopFundingHate) 7 de novembro de 2016
“Os juízes que bloquearam o Brexit: Um fundou um grupo legislativo EUROPEU, outro cobrou milhões aos contribuintes para dar conselhos, e o terceiro é um ex-esgrimista olímpico abertamente gay”, lê-se no título, como pode ver na publicação feita pelo consumidor, abaixo.
A Lego não tardou em responder na própria publicação nas redes sociais. “Terminámos o nosso acordo com o Daily Mail e não estamos a planear qualquer atividade promocional com o jornal no futuro”, indicaram.
@StopFundingHate We have finished the agreement with The Daily Mail and are not planning any future promotional activity with the newspaper
— LEGO (@LEGO_Group) 12 de novembro de 2016
As reações não se fizeram esperar, com muitas pessoas a aplaudir a decisão da Lego. O antigo futebolista e apresentador de televisão Gary Lineker e a cantora Lily Allen foram algumas das celebridades a manifestar o seu agrado.
Brick by brick..... https://t.co/nEJMII9W66
— Gary Lineker (@GaryLineker) 12 de novembro de 2016
A campanha ‘Stop Funding Hate’ sensibiliza os anunciantes para deixarem de contribuir para jornais de direita que fazem títulos enganosos sobre, por exemplo, refugiados, e que assim contribuem para o ódio e o preconceito.
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