Aos 66 anos, Geraldine Largay, do Tennessee, Estados Unidos, foi fazer uma caminhada no Maine nas montanhas Appalachian. A última vez que foi vista foi a 23 de julho de 2013. Durante os dias em que esteve perdida, manteve um diário. Um relatório de 1.500 páginas revela agora o que se passou nos últimos dias de vida de Geraldine.
O Boston Globe teve acesso aos documentos, que mostram que a última entrada que escreveu no seu diário é de 6 de agosto.
“Quando encontrarem o meu corpo, por favor avisem o meu marido George e a minha filha Kerry. Será o maior gesto de bondade, para que eles possam saber que morri e onde me encontraram – não importa daqui a quantos anos”.
A mesma nota de Geraldine pedia ainda que enviassem o que tinha no interior da sua mochila para um dos seus familiares.
O diário prova que Geraldine, que levava consigo algum material de campismo, conseguiu sobreviver ainda algumas semanas até não ter conseguido resistir mais. O local escolhido para a caminhada, aliás, é particularmente exigente, tendo sido usado no passado em treinos militares.
Os documentos a que o Boston Globe teve acesso sugerem mesmo que Geraldine terá sobrevivido cerca de quatro semanas após ter sido dada como desaparecida. Na altura, as buscas por parte das autoridades do Maine (e que foram das que envolveram mais recursos na história do Maine Warden Service) já tinham sido concluídas sem sucesso.
Os restos mortais de Geraldine só foram encontrados em outubro de 2015, mais de dois anos após o seu desaparecimento.