Num evento público, Claudia Sheinbaum reagiu às informações publicadas no jornal The Wall Street Journal, segundo as quais o Presidente norte-americano a teria pressionado a aceitar a presença de soldados norte-americanos em território mexicano.
"É verdade (...), mas não da forma como dizem", disse Sheinbaum, citada pela agência de notícias francesa AFP.
Claudia Sheinbaum explicou que o assunto foi abordado durante uma chamada telefónica, durante a qual Trump lhe perguntou como poderia ajudá-la a combater o crime organizado, tendo sugerido o envio do exército.
"Eu disse-lhe: 'Não, Presidente Trump, o território (do México) é inviolável, a soberania é inviolável (...), nunca aceitaremos a presença do exército americano no nosso território'", relatou, acrescentando que se ofereceu para colaborar e partilhar informações com o Presidente norte-americano.
Apesar da recusa, Sheinbaum pediu a Trump para que ponha fim ao tráfico de armas, uma das causas de uma vaga de violência que dura há quase vinte anos e que já fez mais de 450.000 vítimas.
Na sexta-feira, "o Presidente (norte-americano) emitiu uma ordem para fazer de tudo o que for possível para impedir a entrada de armas no nosso país a partir dos Estados Unidos", sublinhou ainda a chefe de Estado mexicana.
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