Deputados e ministro japoneses visitam polémico santuário de guerra

Dezenas de deputados japoneses, incluindo um ministro, visitaram um santuário de guerra em Tóquio, um ritual que provoca a ira da China e da Coreia do Sul, que veem o local como um símbolo do passado militarista do Japão.

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© Reuters

Lusa
22/04/2016 08:46 ‧ 22/04/2016 por Lusa

Mundo

Tóquio

O santuário de Yasukuni, na capital, presta homenagem a milhões de japoneses mortos, incluindo vários militares e figuras políticas condenados por crimes de guerra, após a Segunda Guerra Mundial.

Há décadas que o templo é alvo de críticas de países que foram colonizados pelo Japão na primeira metade do século XX.

As visitas ao templo por políticos japoneses, incluindo ocasionalmente do primeiro-ministro, geram acesas reações da China e da Coreia do Sul, que as encaram como um símbolo do passado militarista de Tóquio.

O primeiro-ministro Shinzo Abe e outros nacionalistas dizem que o santuário é apenas um local para recordar os soldados mortos, comparando-o a locais como o Arlington National Cemetery nos Estados Unidos.

Pelo menos 92 deputados visitaram Yasukuni para o festival de primavera anual, dos quais 79 do partido de Abe, o Partido Liberal Democrata, de acordo com um funcionário que trabalha para o membro da Câmara Alta, Toshiei Mizuochi.

O ministro da Administração Interna, Sanae Takaichi, visitou o santuário, embora separadamente dos outros deputados, de acordo com imagens transmitidas pela emissora pública NHK.

No ano passado, mais de 100 deputados e três ministros visitaram Yasukuni na primavera; no festival de outono, há seis meses, foram 73 deputados e dois ministros.

A 15 de agosto de 2015 -- no 70.º aniversário do fim da II Guerra Mundial -- dois ministros foram ao santuário, juntamente com 60 deputados.

A mulher de Abe, Akie, visitou Yasukuni em dezembro.

A visita de hoje acontece um dia depois de o próprio Abe ter feito uma oferenda ao templo.

Em dezembro de 2013, o primeiro-ministro fez uma peregrinação ao santuário, para assinalar o seu primeiro ano no poder, causando a fúria de Pequim e Seul, e críticas dos Estados Unidos, que disseram estar "desiludidos".

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