“Embora possa haver muitas utilizações interessantes para esta nova tecnologia, o uso de 'drones' (aeronaves não tripuladas) levanta sérias preocupações sobre o impacto nos direitos constitucionais e privacidade dos cidadãos americanos", disse o senador democrata Patrick Leahy, presidente do Comité Judicial do Senado, durante uma conferência sobre o tema.
Patrick Leahy explicou que, segundo a Administração Federal de Aviação, até ao final da década, cerca de 30 mil aviões não tripulados estarão a operar no espaço aéreo nacional para vigilância, procura de pessoas e outras aplicações.
O senador recordou que o Departamento de Segurança Nacional já utiliza aviões não tripulados para patrulhar zonas rurais das fronteiras e que muitas agências policiais locais já começaram explorar a sua utilização para trabalhos de vigilância.
Também o senador republicano Chuck Grassley considerou que “o poder desta nova tecnologia traz consigo uma maior responsabilidade de manter a privacidade dos cidadãos”, sendo necessário definir “que limitações são apropriadas” para o uso de 'drones' pelo Governo e pelo sector privado.
Entre os convidados da conferência esteve também Ryan Calo, professor de Direito na Universidade de Washington, segundo o qual para “aproveitar todo o potencial da tecnologia de aviões não tripulados é necessário actualizar as leis de privacidade relacionadas com a vigilância aérea e que remontam à década de 1980.
“As nossas leis precisam de ser tão sofisticadas como as pessoas que potencialmente as violam”, assinalou também a senadora democrata Amy Klobuchar.