Lúcio Leite Barreto Lara, membro fundador do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), morreu sábado, em Luanda, aos 86 anos, após prolongada doença.
Para a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o maior partido da oposição, Lúcio Lara encarnou os ideais do MPLA, com os quais se identificou até à sua morte.
Acrescentou ainda que Lúcio Lara foi um destacado combatente pela independência de Angola, deixando exemplos de nacionalismo e patriotismo aos angolanos.
A segunda maior força política da oposição, a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE) lamentou a morte do nacionalista, que considerou um "participante ativo na luta contra o colonialismo português".
Na sua nota de condolências, a segunda maior força da oposição angolana sublinhou igualmente a contribuição ativa de Lúcio Lara para a independência do país.
Filho de pai português e mãe angolana, Lúcio Lara era natural da província do Huambo e fez os seus estudos em Portugal, tendo a sua militância no partido no poder em Angola, iniciado-se na década de 1950, em Angola e entre angolanos no exílio.
Em dezembro de 1962, foi eleito secretário da Organização e Quadros do partido, na primeira conferência nacional do MPLA, passando posteriormente a secretário-geral.
Antes de se retirar da vida política ativa, Lúcio Lara era deputado do MPLA à Assembleia Nacional.