Del Castillo tem vindo a ser o alvo das atenções mediáticas e da justiça desde que se soube, em outubro passado, que arranjou um encontro entre Guzman e ator norte-americano Sean Penn, precisamente seis meses antes de o líder do cartel de narcóticos de Sinaloa ter sido preso.
O gabinete da procuradoria pediu à atriz para depor como testemunha, enquanto investiga se Joaquin Guzman investiu dinheiro na marca de tequila "Honor del Castillo" de que Del Castillo é a dona.
A atriz entrou com uma petição num Tribunal da Cidade do México na semana passada para evitar uma possível prisão, uma vez que o juiz ainda não se pronunciou sobre o seu envolvimento no encontro entre o traficante de narcóticos e o ator norte-americano.
"El Chapo" está atualmente na prisão de alta segurança de Altiplano.
Recentemente, o advogado de "El Chapo" negou que o seu cliente tenha dito a Sean Penn que distribuiu "mais heroína, metanfetaminas e cocaína do que qualquer outra pessoa no mundo", como o ator norte-americano afirmou no relato do encontro que manteve com o narcotraficante, publicado pela revista Rolling Stone.
O causídico disse ainda que o ator Sean Penn deve provar as supostas declarações que "El Chapo" alegadamente fez durante a conversa de sete horas que tiveram em outubro no noroeste do México, graças à mediação da atriz mexicana Kate del Castillo.
É uma "barbárie, uma mentira, algo que foi pré-fabricado", disse o advogado, descrevendo "El Chapo" como um homem "altamente inteligente e prudente" para ter feito esse tipo de afirmação.
As autoridades mexicanas já indicaram que o processo de extradição para os Estados Unidos do traficante de droga mexicano levará pelo menos um ano, se os seus advogados utilizarem todos os recursos legais.
O México, que se recusou até agora a extraditar "El Chapo", iniciou os trâmites para que aquele que era atualmente considerado o maior traficante de droga do mundo, agora detido, responda perante a justiça norte-americana.
"El Chapo" foi capturado em Los Mochis, no Estado de Sinaloa, no noroeste do México, seis meses após a sua fuga de Altiplano, a 11 de julho, que humilhou o Presidente Peña Nieto, na altura em visita a França.
Esta foi a segunda vez que o narcotraficante escapou de uma prisão de alta segurança mexicana, depois de uma primeira evasão em 2001.