Migrações: Cimeira UE-Turquia deverá acontecer até ao final do ano
Uma cimeira entre os países da União Europeia (UE) e a Turquia sobre migrações deverá ser realizada até ao final do ano, informou hoje o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, no final de uma reunião informal dos 28.
© Reuters
Mundo Tusk
Em La Valetta, Tusk referiu que o encontro deverá decorrer "assim que possível", notando a necessidade de "se encontrar um novo governo" na Turquia.
Por seu lado, o presidente francês, François Hollande, já adiantou que este encontro poderá acontecer no final de novembro ou no início de dezembro.
Um encontro entre os dirigentes da UE e os líderes turcos está já agendado para segunda-feira, no âmbito da cimeira do G20 (grupo das 20 economias mais desenvolvidas), na Turquia.
Da reunião de hoje de chefes de Estado e de Governo dos 28, que não contou com a presença de Portugal, Tusk manifestou satisfação por a Eslováquia, República Checa e Hungria enviarem elementos para participarem nas operações da agência europeia de gestão de fronteiras (Frontex) e para a Agência Europeia para o Asilo (EASO).
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse "não estar de todo satisfeito com o ritmo das recolocações" de refugiados, porque foram apenas integradas 130 pessoas.
"Se continuarmos a este ritmo, acabamos em 2101", ironizou.
Em termos de financiamento, Juncker notou os "progressos muito impressionantes" na área da ajuda humanitária nomeadamente para África e referiu uma ajuda de 500 milhões de euros para refugiados sírios na Turquia durante dois anos.
Sobre o pacote total de três mil milhões de euros de fundos para a Turquia, os Estados-membros terão que avançar com 2,5 mil milhões de euros, alertou o presidente do executivo comunitário, acrescentando a necessidade de compromisso dos países a tempo da cimeira com a Turquia.
O Governo português em gestão fez chegar uma carta aos parceiros europeus sobre as suas posições.
Antes desta reunião informal, decorreu a cimeira euro-africana sobre migrações, que juntou líderes de mais de 60 países, em Malta.
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