Segundo a agência France Presse, mais de dez mil manifestantes desfilaram em Sofia. A polícia não divulgou estimativas sobre o número de manifestantes.
Os manifestantes levavam bandeiras e gritavam "unidade contra a pilhagem" ou "stop à máfia".
O presidente búlgaro, Rossen Plevneliev, apareceu aos manifestantes, que o acolheram com um concerto de apitos, para lhes agradecer a "posição civil activa".
Plevneliev convidou representantes dos manifestantes, com representantes dos sindicatos e dos empregadores para "debater problemas importantes do país" a partir da próxima semana na presidência.
O governo búlgaro demitiu-se na quarta-feira pressionado pela contestação nas ruas e Plevneliev deverá nomear um governo de tecnocratas que será encarregado de organizar as eleições antecipadas na primavera.
Segundo os media locais, realizaram-se manifestações em 33 cidades da província e a mais importante decorreu na cidade de leste de Varna, com a participação de várias dezenas de milhares de manifestantes.
Na segunda maior cidade do país, Plovdiv, no sul, onde desfilaram 10 mil manifestantes, foi queimado um texto da Constituição.
Os manifestantes reclamaram de novo uma nova Constituição que garanta "uma participação mais ativa da sociedade civil nas instituições do Estado".
Um forte aumento das facturas de electricidade neste país, o mais pobre da União Europeia (UE), desencadeou os protestos, que se iniciaram há 15 dias.
Os protestos têm sido os maiores na Bulgária sem a participação dos partidos políticos e geridos nas redes sociais.