"Acompanhamos com profunda tristeza e preocupação os trágicos acontecimentos que afetaram os residentes da aldeia de Tarsin, devido aos enormes e devastadores deslizamentos de terras que atingiram a aldeia, localizada no centro de Jebel Marra, no distrito de Amo", afirmou o Movimento do Exército de Libertação do Sudão (SLM, na sigla em inglês).
De acordo com os relatos iniciais, todos os residentes, cerca de mil pessoas, incluindo "homens, mulheres e crianças", morreram no deslizamento de terras ocorrido no domingo, e apenas uma pessoa sobreviveu.
O SLM, grupo liderado por Abdelwahid Mohamed Nour, enfatizou em comunicado que a aldeia de Tarsin foi "completamente destruída" e apelou às Nações Unidas para que prestem apoio na recuperação dos corpos e na remoção dos escombros.
O Sudão está envolvido numa guerra entre o exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) no estado de Darfur do Norte, o que levou à deslocação forçada de pessoas que procuravam refúgio nas montanhas de Marra.
O SLM é um grupo rebelde do Darfur que controla a região montanhosa de Jebel Marra e se manteve neutro nos confrontos entre as RSF e o exército.
A guerra no Sudão, que opõe as RSF ao exército desde abril de 2023, causou a morte de dezenas de milhares de pessoas e o deslocamento de cerca de 13 milhões, tornando o país o palco da pior catástrofe humanitária do planeta.
Depois de perderem o controlo da capital, Cartum, em março, os paramilitares intensificaram os seus ataques com drones contra instalações civis e vitais nas mãos das Forças Armadas, especialmente no nordeste e sul do Sudão, com o objetivo de prejudicar economicamente o Governo controlado pela cúpula militar.
Pode ver, na galeria acima, um vídeo que mostra a destruição provocada pelo deslizamento de terras.
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