O governador de Nizhny Novgorod, Gleb Nikitin, disse nas redes sociais que duas instalações industriais na região foram atingidas por vários 'drones', segundo a agência de notícias espanhola EFE.
"Infelizmente, não foi possível evitar vítimas ao tentar repelir o ataque no distrito de Arzamas, em resultado do qual um funcionário da empresa foi morto e dois outros ficaram feridos e foram levados para o hospital", afirmou.
De acordo com os meios de comunicação ucranianos, o bombardeamento atingiu a fábrica Plandin, que produz dispositivos para a indústria aeronáutica e aeroespacial russa.
Na região de Tula, vizinha de Moscovo e historicamente conhecida pela indústria de armamento, o governador regional Dmitry Miliayev disse que morreram duas pessoas e que 11 'drones' foram abatidos pelas defesas antiaéreas.
"Como resultado de um ataque aéreo a uma empresa civil em Tula, duas pessoas morreram. Três ficaram feridas com diferentes graus de gravidade. As vítimas foram levadas para o hospital", informou Miliayev no domingo à noite.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou hoje que foram abatidos 32 'drones', principalmente em Belgorod, Bryansk e Kaluga.
Menos de uma hora depois, voltou a informar que tinham sido intercetados mais sete 'drones', três dos quais na região ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
De acordo com o presidente da câmara de Moscovo, Sergey Sobyanin, foram abatidos mais sete 'drones' que voavam em direção à capital russa.
Sobyanin confirmou o envio de serviços de emergência sem especificar as possíveis consequências.
O ministério disse no domingo que foram abatidos 121 'drones' ucranianos sobre o território russo.
Nos ataques, foi atingida uma refinaria de petróleo da empresa russa Lukoil na região russa de Komi, a cerca de 2.000 quilómetros da fronteira ucraniana.
Também as autoridades ucranianas anunciaram que neutralizaram 59 dos 71 'drones' russos que atacaram o país na noite de domingo para hoje.
Os ataques, segundo as forças de defesa aérea citadas pela agência Ukrinform, foram repelidos por aviões ucranianos e unidades de guerra eletrónica e de mísseis antiaéreos.
O exército russo atacou no domingo a estação central de autocarros de Zaporijia e um hospital universitário, ferindo 20 pessoas.
Um outro ataque em Kharkiv matou uma pessoa e feriu cinco, incluindo uma criança, de acordo com a administração militar local.
Os ataques mútuos têm prosseguido apesar das perspetivas de uma reunião na sexta-feira, no Alasca, entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, para discutir a guerra na Ucrânia.
Trump tinha feito um ultimato a Putin para suspender os ataques ou enfrentar sanções duras dos Estados Unidos, cujo prazo terminou na sexta-feira passada, mas a visita a Moscovo do enviado especial norte-americano Steve Witkoff, na quarta-feira, desbloqueou a reunião.
A guerra, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, causou dezenas de milhares de mortos nos dois lados, segundo várias fontes, incluindo a ONU, embora se desconheça o número exato.
O conflito mergulhou a Europa naquela que foi considerada como a maior crise de segurança no continente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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