Num comunicado publicado na rede social X, o alto comissariado acusa Israel de ter "atingido a tenda" onde se encontravam cinco funcionários da cadeia de televisão qatari Al Jazeera, o que "constitui uma grave violação do direito internacional humanitário".
Um jornalista freelancer que colaborava ocasionalmente com meios de comunicação locais também foi morto no mesmo ataque.
"Israel deve respeitar e proteger todos os civis, incluindo jornalistas", sublinha ainda o alto comissariado, que lembra que "pelo menos 242 jornalistas palestinianos [237, segundo o Hamas] foram mortos em Gaza desde 07 de outubro de 2023".
Na mensagem, a ONU reitera o pedido de "acesso imediato, seguro e sem obstáculos a Gaza para todos os jornalistas".
Uma das vítimas, Anas al-Sharif, de 28 anos, era um dos rostos mais conhecidos entre os correspondentes que cobriam diariamente o conflito.
O exército israelita afirmou tê-lo alvejado, classificando-o como "terrorista" que "se fazia passar por jornalista".
A organização de defesa da imprensa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou hoje "com veemência e indignação o assassínio reivindicado" pelo exército israelita de Anas al-Sharif, acrescentando que o jornalista era "a voz do sofrimento imposto por Israel aos palestinianos de Gaza".
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