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Oposição denuncia que há quase 1.000 presos políticos por libertar

A oposição venezuelana denunciou no domingo que na Venezuela há quase 1.000 presos políticos por libertar, especificando que 12 pessoas foram detidas nas últimas 72 horas.

Oposição denuncia que há quase 1.000 presos políticos por libertar

© MIGUEL GUTIERREZ/AFP via Getty Images

Lusa
21/07/2025 00:47 ‧ há 2 meses por Lusa

A denúncia tem lugar depois de Caracas e Washington terem chegado a acordo para libertar 252 venezuelanos que tinham sido deportados dos Estados Unidos (EUA) e que permaneciam detidos numa prisão de alta segurança em El Salvador, em troca de 10 norte-americanos detidos na Venezuela e da libertação de 80 presos políticos.

 

"Faltam 1.000 por libertar. As recentes libertações de pessoas sequestradas na Venezuela são a confirmação da utilização do sequestro como meio de terrorismo de Estado, a forma como as tiranias se mantêm no poder", referiu o movimento Comando com a Venezuela da opositora María Corina Machado, num comunicado.

Na nota informativa, a organização opositora explica que há famílias venezuelanas que hoje se sentem "imensamente aliviadas por se reunirem aos seus entes queridos após meses - e mesmo anos - de prisão arbitrária".

"As suas histórias são um testemunho de resistência e as suas libertações são também o fruto dos esforços persistentes das suas famílias, das organizações de defesa dos direitos humanos e dos aliados internacionais", referiu.

Para a oposição, a libertação dos norte-americanos "é um passo estratégico de um aliado como os Estados Unidos" que "confirma que a pressão contra o sistema criminoso de [Presidente] Nicolás Maduro está a funcionar".

No mesmo comunicado, a oposição diz continuar a construir uma força, a vontade e claridade política internacional, diplomática e cidadã para fazer respeitar "a vitória" de Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, "enquanto o regime se vê forçado a ceder".

"Hoje, na Venezuela, quase mil pessoas estão sequestradas pela tirania por razões políticas e a repressão aumentou brutalmente. Nas últimas 72 horas, o regime prendeu mais de 12 pessoas em diferentes estados do país e efetuou várias transferências para prisões comuns desde o [cárcere de] El Helicoide. Além disso, é uma decisão cruel e injusta o facto de não haver mulheres entre os presos recém-libertados", especificou.

Segundo a organização opositora, há um padrão repetido de uma "porta giratória" em que alguns presos políticos são libertados enquanto outros inocentes são presos, e isso, frisa, "não é mais do que uma ratificação da natureza criminosa do sistema".

"Esta dura realidade demonstra a urgência de se avançar para uma solução global e definitiva para o conflito na Venezuela (...). A nossa palavra de ordem hoje é a libertação definitiva dos quase mil presos políticos que ainda se encontram em cativeiro. Por eles e por todo um país refém, iremos até ao fim", concluiu.

Segundo a imprensa venezuelana, o acordo entre Caracas e Washington previa a libertação de 80 presos políticos, dos quais quase 60 já saíram em liberdade.

Segundo a organização não-governamental Foro Penal (FP), em 04 de julho, estavam detidas na Venezuela 940 pessoas por motivos políticos, 844 homens e 96 mulheres, 771 civis e 169 militares.

Leia Também: Oposição denuncia detenções "com motivações políticas" na Venezuela

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