Hamas desmente avanços nas negociações para um cessar-fogo em Gaza

Um importante funcionário do grupo extremista palestiniano Hamas negou hoje os rumores de que as negociações para um cessar-fogo e a libertação dos reféns mantidos em Gaza tinham progredido, particularmente na questão da extensão da retirada israelita.

Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, Palestina - 24 de novembro de 2023 - Mohammad Farid Mahmoud Abdullah/Anadolu via Getty Images

© Mohammad Farid Mahmoud Abdullah/Anadolu via Getty Images

Lusa
16/07/2025 14:22 ‧ há 6 dias por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"O ocupante ainda não forneceu nenhum mapa novo ou revisto sobre a retirada militar da Faixa de Gaza. O que o Estado ocupante alega sobre a apresentação destes novos mapas é falso", disse Bassem Naim, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, depois de os meios de comunicação social israelitas, incluindo a emissora pública Kan, terem noticiado progressos na retirada do Exército israelita da Faixa de Gaza.

 

Estas declarações surgem enquanto prosseguem negociações indiretas entre Israel e o Hamas, em Doha (Qatar).

A proposta em cima da mesa das negociações apela a uma trégua de 60 dias, após a qual as fações beligerantes devem negociar uma transição para um cessar-fogo permanente.

Na terça-feira, as autoridades do Qatar indicaram que as negociações entre as delegações de Israel e do Hamas para um novo cessar-fogo na Faixa de Gaza estavam "numa fase inicial".

"Há esforços constantes em curso para chegar a um acordo", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Mayed al-Ansari.

"Há uma comunicação intensa entre o Qatar e os Estados Unidos [outro dos mediadores internacionais do processo]", acrescentou na terça-feira Al-Ansari durante uma conferência de imprensa para informar sobre o ponto de situação das conversações sobre o potencial cessar-fogo no enclave palestiniano.

O porta-voz da diplomacia do Qatar referiu na mesma ocasião que as reuniões entre as partes em conflito em Gaza estão a ser realizadas separadamente para tentar chegar a um acordo-quadro, insistindo que "nenhum mediador pode fixar um calendário para as negociações, seja sobre Gaza ou sobre qualquer outro assunto".

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 58 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Vinte e dois antigos embaixadores da UE pedem pressão sobre Israel

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