Fugiu de Itália e acusou 'ex' de violência. Hoje, teve de entregar filho

Mulher que fugiu com os filhos para Espanha e há anos que tentava ficar com a guarda dos mesmos foi obrigada a entregar o filho mais novo ao pai esta manhã de terça-feira.

Juana Rivas
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© Getty Images/Antonio L Juarez/Europa Press

Notícias ao Minuto
22/07/2025 12:58 ‧ há 7 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

A mulher espanhola que fugiu de Itália, rumo ao seu país de origem, para fugir ao marido, que a sujeitava a atos de violência doméstica, teve de entregar hoje a guarda do filho mais novo ao ex-companheiro.

 

A história de Juana Rivas arrasta-se há vários anos pelas instâncias judiciais, onde a mulher tem tentado provar que tanto ela como os filhos foram sujeitos a violência, motivo pelo qual se colocou em fuga.

Juana Rivas fugiu da ilha italiana de Carlofrte, na Sardenha, em junho de 2016. Aí, vivia com o marido Francesco Arcuri e os dois filhos, tendo alegado que abandonara o país para fugir às agressões do companheiro.

Consigo levou as duas crianças, dando início a um processo judicial em que acabou por ser presa, acusada de sequestro internacional segundo a Convenção de Haia, de 1980.

O caso de Juana, que comoveu muitos e gerou uma onde de solidariedade, fica contudo marcada por vários momentos que acabaram por pôr em dúvida as acusações que apresentou contra o marido.

Em 2009, a mulher já tinha acusado o marido de violência, mas em 2013 Juana decidiu dar-lhe uma segunda oportunidade, situação que muitas vezes foi usada para pôr a sua palavra em causa. Segundo a mesma, este voltou a agredi-la, tendo esta elaborado um plano de fuga com os filhos para Granada, Espanha.

Após anos a lutar em tribunal, a justiça considera que não há provas que comprovem que Francesco é um homem violento ou que tenha agredido os filhos, estando contra a mulher o facto de ter fugido com as crianças.

Entretanto, em 2023, o filho mais novo terá confessado que a mãe o obrigava a dizer que o pai lhe batia, com o intuito de garantir a sua guarda, noticia o El Mundo. Também exames psicológicos feitos, em Itália, ao filho mais velho vão de encontro às mesmas alegações, indicando que este vivia pressionado pela mãe para se posicionar contra o pai.

Francisco Arcuri por seu lado manteve-se sempre discreto ao longo do processo, tendo concedido uma entrevista ao El mundo onde "afirmava que, "como pai, não consigo nem imaginar como um progenitor pode permitir, ou mesmo cometer pessoalmente, tal tortura e monstruosidade contra os seus próprios filhos". O homem acusava a ex-mulher, ainda, de "manipulações contínuas".

Esta manhã, a mulher e Daniel, hoje com 11 anos, chegaram ao ponto de encontro estabelecido para efetuar a troca, onde o menino se reencontrou com o pai. 

Lavada em lágrimas, Juana acabou mesmo por ter que ser retirada do local de ambulância, devido a uma crise de nervos e ansiedade.

Segundo o 20 minutos, a advogada da mulher afirmou que o menino terá ido com o pai, lavado em lagrimas. Porém, outras testemunhas dizem que a única pessoa que viram a  chorar e aos gritos foi a mãe da criança.

O El Mundo refere que a criança deverá regressar agora a Itália com o pai e onde se encontrará com o irmão, que já tinha voltado a casa há 7 meses.

Recorde-se que na altura em que o caso foi tornado público, em 2017, as manifestações de solidariedade para com Juana Rivas multiplicaram-se nas redes sociais.

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