Médio Oriente: Cristãos na Terra Santa acusam mundo de ignorar Gaza

Os representantes máximos do Cristianismo em Jerusalém acusaram hoje a comunidade internacional de ignorar Gaza, depois de na sexta-feira terem visitado a igreja católica da Sagrada Família, atacada por Israel.

Faixa de Gaza, Palestina,

© Hassan Jedi/Anadolu via Getty Images

Lusa
22/07/2025 12:48 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

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"Dizemos à comunidade internacional que o silêncio perante o sofrimento é uma traição à consciência", afirmou o patriarca grego ortodoxo grego Teófilo III, num comunicado conjunto com o responsável católico Pierbattista Pizzaballa.

 

O patriarca latino de Jerusalém considerou que a ação de Israel na Faixa de Gaza contra o movimento islamita palestiniano Hamas é "inaceitável e injustificável" e apontou a existência de setores solidários com os palestinianos na sociedade israelita.

Pediram a ambas as partes que respeitem o Direito Internacional e a proteção da população civil que consagra.

"É tempo de acabar com esta guerra sem sentido, dar prioridade ao bem comum das pessoas. Rezamos pela libertação de todos os que estão privados de liberdade, o regresso dos desaparecidos, dos reféns [do Hamas ainda retidos em Gaza]", acrescentou Teófilo III.

Para isso, defenderam um acordo de paz sobre o enclave com a participação dos líderes regionais.

O ataque israelita à igreja em Gaza causou três mortos, quando atingiu o edifício que acolhia 400 pessoas.

As Forças de Defesa de Israel admitiram que um fragmento de um projétil atingiu a igreja, mas alegaram que foi por erro.

"É sempre um erro, talvez tenha sido um erro", ironizou Pizzaballa, sublinhando não ser "perito em operações militares".

"A igreja foi atacada e morreram pessoas, isso é algo que não se pode negar", resumiu.

Os dois religiosos relataram ter visto "pessoas completamente esfomeadas" em Gaza, onde Israel impede a entrada de alimentos desde que começou a guerra contra o Hamas, desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023 em que o movimento matou cerca de 1.200 pessoas e raptou mais de duas centenas em solo israelita.

A retaliação de Israel já matou mais de 59.000 pessoas em Gaza, de acordo com as autoridades do enclave, controladas pelo Hamas.

Leia Também: Gaza: Pelo menos 14 mortos após bombardeamento a campo de refugiados

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