Ao empossar a nova diretora-geral do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE), Lurdes Nakala, a governante pediu esforços contínuos na consolidação do sistema nacional de educação para torná-lo "inclusivo, equitativo, eficiente, eficaz e inovador".
"É nossa pretensão que prossiga os esforços visando aprimorar os mecanismos de definição dos princípios orientadores da planificação curricular de todo Sistema Nacional de Educação, bem como promover estudos e pesquisas visando a melhoria na elaboração dos currículos e produção de material educativo dos vários subsistemas, assim como na formação contínua dos professores", apelou a primeira-ministra de Moçambique.
Na mesma cerimónia, em Maputo, Maria Benvinda Levi conferiu posse ao diretor do Fundo Nacional de Investigação (FNI), Florêncio Maulano, ao qual apelou para a elaboração de estratégias que visem a promoção e divulgação do conhecimento, da investigação científica e inovação tecnológica.
"Recomendamos uma gestão transparente dos fundos, seleção criteriosa dos projetos a financiar, incentivo à publicação e difusão dos resultados das pesquisas e investigações, assim como o fortalecimento das redes de cooperação científica nacional e internacional", apelou.
No mesmo ato, a primeira-ministra conferiu posse a Roberto Dove como novo diretor-geral do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas (INICC), a Samuel Samo Gudo como presidente da Administração da Autoridade Nacional de Educação (ANEP) e a Sérgio Cossa como diretor-geral do Instituto Nacional de Educação à Distância (INED).
Ao INED, pediu que "desenvolva ações que permitam garantir o contínuo funcionamento da rede nacional de centros de educação à distância e a harmonização entre a inovação tecnológica e os princípios pedagógicos, fortalecendo os mecanismos de garantia da qualidade, de um sistema educativo mais inclusivo, resiliente e orientado para os desafios contemporâneos".
Em declarações aos jornalistas após a posse, a diretora-geral do INDE, Lurdes Nakala, prometeu avançar com mexidas nos currículos do sistema de educação para que se enquadrem com as atuais necessidades dos alunos e do país.
"Temos que sentar com a equipa que está no INDE e, de forma conjunta, fazer o diagnóstico e traçar um plano de ação para nos prevenirmos no futuro de ações similares, portanto, temos a missão de conferir maior qualidade nesta missão de produção do livro para nos prevenirmos destes erros que aconteceram no passado", disse a responsável, admitindo que a impressão tardia do livro "cria constrangimentos" ao sistema de educação.
Moçambique tem neste momento quatro centros provinciais de ensino à distância que se localizam na cidade e província de Maputo, em Manica e Niassa, mas o novo diretor-geral do INED, Sérgio Cossa, prometeu, em declarações à imprensa, avançar com a materialização destas infraestruturas nas restantes províncias, indicando que faz parte do plano do executivo para tornar a educação acessível a mais moçambicanos.
"Vamos olhar para a problemática que temos na educação que é a questão de acesso, sabemos que a nível do ensino geral temos um universo de cerca de 10 milhões de alunos e o ensino à distância faz uma cobertura de 6% (...) há necessidade de aproveitar o potencial que o ensino à distância tem, que é para aumentar, aproveitar o modelo tradicional já existente, os multimédia e as tecnologias para a expansão da educação", disse Sérgio Cossa.
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