"Lynne Tracy está de saída de Moscovo", disse a embaixada dos EUA na Rússia, numa mensagem na rede social Telegram, expressando a sua "gratidão" pelo seu "fiel serviço ao povo americano" e salientando o seu "profundo respeito pela cultura russa".
A representação diplomática lembrou que as atividades de Tracy neste cargo "foram caracterizadas pela abertura, honestidade e pela convicção de que o diálogo construtivo é importante mesmo em tempos difíceis", mas sem referir a data específica da saída da embaixadora.
Lynne Tracy, que chegou a Moscovo em janeiro de 2023, foi a primeira mulher a ocupar este cargo na história dos Estados Unidos.
Desde o regresso de Donald Trump à Casa Branca (presidência norte-americana), em janeiro passado, Moscovo e Washington começaram a intensificar as suas relações, após anos de fortes tensões ligadas em particular ao conflito na Ucrânia.
Mas as divergências entre os dois países continuam a ser muitas.
Na quarta-feira, o Kremlin (presidência russa) denunciou que os Estados Unidos "não estavam prontos" para levantar as restrições à operação das respetivas missões diplomáticas, vários dias depois de Washington ter cancelado uma reunião, no âmbito dos esforços para normalizar as relações entre os dois países.
Em 16 de junho, Moscovo anunciou que os Estados Unidos tinham cancelado uma reunião bilateral sobre a normalização do trabalho das suas embaixadas, após vários anos de múltiplas expulsões cruzadas de diplomatas e de obstrução do funcionamento das suas representações diplomáticas.
O funcionamento das missões diplomáticas é uma das questões "irritantes", segundo as autoridades de Moscovo, entre a Rússia e os Estados Unidos, e as duas potências realizaram recentemente duas rondas de negociações na Turquia sobre este assunto.
Contudo, o ritmo das negociações abrandou nas últimas semanas e a perspetiva de um acordo rápido sobre esta questão parece ter desaparecido.
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