Supremo da Polónia recebeu 56 mil queixas relacionadas com presidenciais

O Supremo Tribunal da Polónia recebeu cerca de 56 mil queixas relacionadas com a eleição presidencial que o candidato de direita nacionalista venceu, no início do mês, anunciou hoje a alta instância judicial.

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© Damian Lemanski/Bloomberg via Getty Images

Lusa
26/06/2025 18:50 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Polónia

"Houve cerca de 56 mil queixas", informou a presidente do Supremo Tribunal polaco, Malgorzata Manowska, em declarações ao canal de notícias independente TVN24.

 

O Supremo Tribunal tem agora até 02 de julho para validar os resultados da eleição presidencial e Manowska garantiu que iria adotar uma resolução sobre o assunto já na próxima semana.

Karol Nawrocki, historiador apoiado pelo partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), obteve 50,89% dos votos na segunda volta das eleições presidenciais, que decorreu em 01 de junho, de acordo com a comissão eleitoral.

As eleições polacas dão geralmente origem a queixas, mas não a esta escala e não é certo que façam diferença no resultado.

O presidente da Câmara de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, candidato apresentado pelo Governo pró-União Europeia (UE), liderado pelo primeiro-ministro Donald Tusk, recebeu menos 369.000 votos nas urnas do que Nawrocki.

A presidente do Supremo Tribunal polaco esclareceu que a maioria das queixas era quase idêntica, com base em modelos divulgados pelos aliados de Trzaskowski.

Roman Giertych, deputado da coligação governamental, é o autor de um dos modelos de protesto, no qual alega que houve uma realocação de votos a favor de Nawrocki.

A líder da alta instância judicial considerou a distribuição destes modelos "imprudente e irresponsável".

Os especialistas jurídicos descreveram a nomeação de Manowska como presidente do Supremo Tribunal em 2020 como politicamente motivada, alegando que anteriormente tinha desempenhado funções de secretária de Estado num governo do PiS.

O organismo encarregado de validar os resultados foi criada pelo antigo governo do PiS, e o atual executivo, bem como os tribunais europeus, acusaram-na de não ser independente ou imparcial.

O procurador-geral e ministro da Justiça polaco, Adam Bodnar, pediu na quarta-feira ao tribunal que reveja os boletins de voto de quase 1.500 mesas de voto --- de um total de aproximadamente 32.000 --- com base em duas queixas.

O tribunal já tinha ordenado uma recontagem dos resultados de 13 assembleias de voto no início deste mês, alegando que, em algumas delas, os votos foram transferidos de um candidato para outro, principalmente a favor de Nawrocki.

Bodnar acusou os juízes de ignorarem os protestos dos eleitores, argumentando que é "inimaginável a forma como o Supremo Tribunal trata a Constituição, os eleitores e os participantes no processo de protesto eleitoral".

Leia Também: Guerra? Polónia reforça defesa civil e aplica normas de evacuação

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