O Hamas ameaçou hoje Israel que os funerais de militares vão tornar-se frequentes se não puser fim à ofensiva contra Gaza, referindo-se à emboscada que vitimou soldados das Forças de Defesa israelitas.
As declarações do movimento que controla a Faixa de Gaza ocorreram depois de pelo menos sete soldados israelitas terem sido mortos numa emboscada das Brigadas Ezeldin al-Qasam, braço armado do Hamas, no sul de Gaza.
"Os funerais (dos militares israelitas) vão continuar enquanto a ocupação e a guerra criminosa contra o nosso povo continuarem e o governo inimigo (Israel) enganar a própria população e ignorar que está a lançar os soldados no caos em Gaza para fins políticos ilusórios", disse o porta-voz das Brigadas Ezeldin al-Qasam, Abu Obeida.
O Exército israelita confirmou a morte de sete soldados em combates no sul de Gaza na quarta-feira, apesar do Hamas alegar que o ataque no sul de Gaza fez oito vítimas mortais entre efetivos das forças de Israel.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reconheceu que "foi um dia muito difícil para o povo de Israel".
O braço armado do Hamas reivindicou a autoria da operação, que qualificou como "emboscada complexa", sublinhando que um veículo blindado israelita foi atingido por um explosivo colocado na zona.
De acordo com o Hamas, um segundo veículo militar israelita que se deslocou ao local para prestar auxílio às vítimas foi atingido por um tiro de morteiro.
A ofensiva contra Gaza, lançada em resposta aos atentados do Hamas de 07 de outubro de 2023 - que fizeram 1.200 mortos, provocou até agora a morte de de 56.100 pessoas em Gaza.
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