O Departamento de Defesa (Pentágono) anunciou hoje que abriu uma investigação conjunta com o FBI sobre uma alegada fuga de informação relativa à extensão dos ataques dos Estados Unidos às instalações nucleares do Irão, no passado fim de semana.
Este anúncio acontece após a publicação de dados que sugerem que os danos causados pelos bombardeamentos podem ser inferiores aos que o Presidente norte-americano, Donald Trump, tinha avançado, ao ter afirmado que a capacidade do programa nuclear iraniano tinha sido obliterada.
A investigação em coordenação com a polícia federal (FBI) foi confirmada pela Agência de Informações de Defesa dos Estados Unidos (EUA), que declarou que, neste momento, "não foi possível analisar a situação no terreno e os resultados dos ataques".
"Estas análises não são fiáveis porque são preliminares e estão longe de ser definitivas", afirmou a organização.
A agência federal admitiu que, quando "todos os dados necessários forem obtidos, as informações adicionais serão redefinidas".
No entanto, o secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, sublinhou que esta informação preliminar pertencia simplesmente ao "canal interno" do Departamento.
Hegseth assegurou que o objetivo desta alegada fuga seria "fazer com que o Presidente ficasse mal visto quando, na realidade, o que fez foi muito bem-sucedido".
"Os danos nestas instalações foram moderados a graves, e acreditamos que é mais provável que sejam graves", acrescentou o secretário de Defesa.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que a instalação nuclear de Fordo - um dos três complexos nucleares iranianos atingidos pelos bombardeamentos norte-americanos - está "fora de serviço".
Netanyahu acrescentou que a avaliação dos serviços de informações israelitas indica que os ataques dos EUA, "combinados com o bombardeamento israelita de outros elementos-chave do programa nuclear militar do Irão, provocaram um retrocesso de anos nas capacidades nucleares do país".
Israel iniciou a sua ofensiva militar contra o Irão na madrugada de 13 de junho com uma vaga de bombardeamentos contra instalações nucleares iranianas, uma campanha que se intensificou com ataques em diferentes pontos do país, incluindo a capital.
Por sua vez, o Irão respondeu com mísseis balísticos e drones contra alvos sobretudo no centro e norte de Israel.
Os ataques de Israel foram justificados com a obtenção iminente de uma arma nuclear, o que é refutado por Teerão.
Na madrugada do passado domingo, os Estados Unidos bombardearam igualmente instalações nucleares iranianas, antes de o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar o cessar-fogo entre Telavive e Teerão.
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