Instalações nucleares iranianas "consideravelmente danificadas"

As instalações nucleares do Irão foram "consideravelmente danificadas" pelos bombardeamentos israelitas e norte-americanos durante a guerra de 12 dias com Israel, admitiu hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Flowers are left at the Iranian Embassy in Moscow following airstrikes on Iran

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Lusa
25/06/2025 15:33 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Irão/Israel

"As nossas instalações nucleares foram consideravelmente danificadas, isso é certo, porque foram alvo de repetidos ataques dos agressores israelitas e norte-americanos", disse o porta-voz Esmaïl Baqhaï, ao canal do Qatar Al Jazeera.

 

Na terça-feira, a Agência de Energia Atómica iraniana anunciou que o país está pronto para retomar o enriquecimento de urânio no âmbito do programa nuclear, 12 dias após o início dos bombardeamentos de Israel contra instalações atómicas.

"O programa nuclear do Irão será retomado sem interrupção e estamos prontos para reiniciar o enriquecimento --- o nosso programa não será interrompido", disse a agência, citada pelos meios de comunicação iranianos, numa altura em que vigora um cessar-fogo.

Já hoje, o Parlamento iraniano aprovou a suspensão da cooperação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), com o presidente, Mohammad Bagher Ghalibaf, a salientar que a AIEA recusou-se a condenar o ataque contra as instalações nucleares iranianas, comprometendo a credibilidade internacional do organismo das Nações Unidas.

As declarações de Ghalibaf foram feitas depois de os deputados terem votado a favor da suspensão da cooperação com AIEA.

"A Organização Iraniana de Energia Atómica vai suspender a cooperação com a AIEA enquanto a segurança das instalações nucleares não for garantida", acrescentou o líder do Parlamento.

Os inspetores da AIEA verificam e controlam há mais de duas décadas as atividades do programa nuclear iraniano, sem terem conseguido, até agora, garantir a natureza pacífica, dada a falta de cooperação e transparência total do Irão, embora o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, tenha admitido não ter provas de que Teerão esteja a procurar a bomba atómica.

A região tem vivido uma escalada de violência desde 13 de junho, quando Israel iniciou uma ofensiva contra instalações militares e do programa nuclear iraniano, numa série de ataques que foram respondidos pelo Irão.

A tensão aumentou quando os Estados Unidos se juntaram aos ataques contra o território iraniano no fim de semana, bombardeando três instalações nucleares no Irão, uma agressão à qual o país persa respondeu com um ataque na segunda-feira a base norte-americana de Al-Udeid, no Qatar, a maior que Washington mantém no Médio Oriente. 

O Irão, por sua vez, respondeu com o lançamento de centenas de mísseis balísticos e drones explosivos contra centros urbanos civis em Israel, que deixaram 28 mortos e mais de 1.300 feridos, na grande maioria ligeiros.

Nos ataques de Israel, contra centros nucleares e alvos militares na República Islâmica, morreram pelo menos 610 pessoas e mais de 4.700 ficaram feridas, das quais quase mil continuam hospitalizadas.

Leia Também: Hezbollah felicita Teerão por "retumbante vitória" após cessar-fogo

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