Num comunicado, o Hezbollah sublinhou que "esta retumbante vitória foi alcançada graças a Deus Todo-Poderoso e ao sangue dos mártires que ascenderam pela traiçoeira agressão" de Israel, ao mesmo tempo reiterando o seu "firme apoio" à República Islâmica, noticiou a estação de televisão libanesa Al-Manar, ligada ao movimento xiita libanês.
Apelou também aos libaneses para que "se inspirem nesta grande vitória, através da unidade e do apoio à verdade na hora de enfrentar os faraós desta era", e sustentou que "o poder que representa a vontade e a fé é capaz de derrotá-los e repelir todas as suas conspirações".
"Qualquer rendição ou concessão só aumentará a arrogância e o domínio dos inimigos sobre a região", argumentou o Hezbollah, que aplaudiu os "precisos e dolorosos ataques" executados pelo Irão contra "a entidade sionista inimiga", "quebrando a aura dos seus sistemas defensivos" e "abrindo uma nova fase histórica, na hora de enfrentar a hegemonia norte-americana e a arrogância sionista".
O movimento xiita libanês sublinhou igualmente que "esta resposta heroica envia uma mensagem decisiva ao Governo norte-americano, à entidade sionista e a todas as potências tiranas e arrogantes".
"A era da arrogância e da tirania sobre os povos da região terminou para sempre", sustentou, acrescentando que o Irão "não temeu os bombardeamentos, as ameaças ou a intimidação" na altura de "defender a sua soberania e os seus interesses".
O conflito eclodiu a 13 de junho, quando Israel lançou uma ofensiva militar contra o país centro-asiático, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representavam uma ameaça direta à sua segurança.
A Força Aérea israelita atacou uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordo, e eliminou também comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano, enquanto Teerão respondia lançando mísseis e drones (aeronaves não-tripuladas) sobre infraestruturas israelitas.
Os Estados Unidos juntaram-se na madrugada de 22 de junho à guerra, para bombardear as três principais instalações envolvidas no programa nuclear do Irão, infligindo-lhe um grau de destruição que se traduzirá num atraso de vários anos, segundo especialistas, e Teerão retaliou atacando a principal base militar norte-americana no Qatar, um ataque sem vítimas devido ao aviso prévio a Washington.
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