O tribunal considerou culpado o franco-marroquino de 31 anos Mohamed Lamine Aberouz, seguidor do Islão e já condenado por um atentado 'jihadista', por cumplicidade no homicídio de um funcionário público e de conspiração para cometer terrorismo.
Os advogados de Mohamed Lamine Aberouz avançaram à agência noticiosa francesa AFP que o seu cliente vai recorrer para o Tribunal de Cassação (tribunal supremo da justiça francesa).
O caso remonta a 13 junho de 2016, quando Larossi Abballa matou à facada um policia francês, Jean-Baptiste Salvaing, e a companheira também polícia, Jessica Schneider, na sua casa, nos arredores de Paris, antes de ser abatido por uma unidade de elite da polícia.
Reivindicou o ato em nome do grupo extremista Estado Islâmico ao qual terá aderido três semanas antes.
Mohamed Lamine Aberouz, condenado em 2013 com Larossi Abballa no âmbito de um processo relacionado com o envio de 'jihadistas' para o Paquistão, foi detido pela polícia dias depois, mas tem alegado sempre inocência e afirma que estava na mesquita na noite do ataque, apesar de nenhuma das testemunhas, para além dos seus irmãos, se lembrar.
Após quatro semanas de julgamento, o Ministério Público pediu na sexta-feira ao tribunal que confirmasse a pena de prisão perpétua contra Mohamed Lamine Aberouz, com um período de segurança de 22 anos, em primeira instância.
"Mohamed Lamine Aberouz é um membro de pleno direito do Estado Islâmico", declarou a procuradora Naïma Rudloff, frisando que Aberouz "agiu como um 'jihadista'".
De acordo com a representante do Ministério Público, no homicídio dos dois polícias, Larossi Abballa "não podia ter agido sozinho" e o arguido "estava no local do crime" na noite de 13 de junho de 2016, sem qualquer contestação possível.
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