Congresso internacional debate ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau

O ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau junta, durante três dias, académicos e especialistas de alguns países lusófonos no primeiro congresso internacional sobre a temática, que decorre entre segunda e quarta-feira, na capital do país africano.

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Lusa
21/06/2025 11:59 ‧ há 3 horas por Lusa

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Guiné-Bissau

Com intervenções da Guiné-Bissau, de Portugal, de Cabo Verde e de Angola, o primeiro Congresso do Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau tem como propósito a partilha, reforço da cooperação científica e dar contributos para o sistema educativo guineense.

 

"Que seja um subsídio científico para depois ficar", enfatizou, em entrevista à Lusa, Júlio Azevedo João da Silva, da comissão organizadora, que é também coordenador da licenciatura em Língua Portuguesa na Escola Superior de Educação Tchico Té.

A iniciativa parte deste estabelecimento de ensino superior público guineense, onde terá início no próximo ano letivo o primeiro mestrado em Língua Portuguesa na Guiné-Bissau.

O ensino do português tem o apoio do Instituto Camões com a disponibilização de docentes e assessoria científica, e foi a assessora científica Sofia Santos que fez a proposta, "imediatamente aceite", para a realização do congresso, disse Júlio Azevedo, da comissão organizadora.

Ao longo de três dias, presencialmente e através de videoconferência, especialistas, cientistas de língua, pedagogos, professores universitários e académicos vão partilhar experiências e debater o ensino do português.

No final do congresso internacional, segundo a organização, será feito um relatório pela comissão científica que vai deixar um instrumento, uma orientação ao sistema educativo guineense sobre o ensino do português.

Júlio Azevedo, também professor de português, realçou que deste congresso vai ficar também a cooperação científica entre os diferentes intervenientes do espaço lusófono.

"Tenho a certeza que vão deixar aqui contribuições que vão ter o seu impacto no ensino e na valorização e na presença da língua portuguesa na Guiné-Bissau", considerou, explicando que o congresso "vai ser um debate teórico de partilha de práticas, como é que lá nos outros contextos da lusofonia o ensino é encarado".

"Também são experiências que vão ser partilhadas e que de certeza absoluta vão ficar como uma riqueza, sobretudo para os professores, em especial, e para o nosso sistema educativo, no geral", acrescentou.

O ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica da Guiné-Bissau, Herry Mané, é um dos convidados para o evento, assim como o diretor de Serviços da Língua do Instituto Camões, Rui Vaz.

Com este congresso internacional pretende-se ainda enfatizar "que há uma preocupação e há uma iniciativa em que vai debater-se tudo aquilo que tem a ver com os aspetos científicos do ensino da língua".

Para Júlio Azevedo, "vai ser um momento histórico no ensino, com o objetivo de apoiar, proporcionar um ambiente de confiança no sistema educativo" guineense.

O primeiro Congresso Internacional de Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau, financiado pelo Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua, I.P., é coorganizado pela Escola Superior de Educação -- Unidade Tchico Té e pelo Centro de Língua Portuguesa Camões I.P. em Bissau.

O evento tem como parceiros o Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica da Guiné-Bissau, as Embaixadas de Portugal e do Brasil em Bissau e os institutos Internacional da Língua Portuguesa (ILLP) e Guimarães Rosa.

São ainda parceiros as universidades do Minho e de Lisboa (Portugal), de Cabo Verde, a Amilcar Cabral (Guiné-Bissau), a de Leipzig (Alemanha), a Faculdade de Direito de Bissau e o Agrupamento de Escolas Daniel Sampaio (Portugal).

Leia Também: Escolas da Guiné-Bissau recebem primeiros manuais escolares

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