"Estou convencido de que há uma forma de sair da guerra e evitar perigos mais graves. Para isso, vamos acelerar as negociações iniciadas pela França e pelos seus parceiros europeus com o Irão", disse Macron na rede social X, após a conversa telefónica com Pezeshkian.
O chefe de Estado avisou o seu homólogo de que "o Irão [nunca] deverá ter armas nucleares" e terá de "dar todas as garantias de que as suas intenções são pacíficas".
Na sua conta X, diz ainda que também voltou a exigir ao presidente iraniano a libertação dos franceses Cécile Kohler e Jacques Paris, ambos detidos no Irão desde 2022 de forma "desumana" e "injusta", durante uma viagem de turismo, acusados de espionagem.
As declarações de Macron surgiram após uma reunião na sexta-feira, em Genebra, entre os chefes da diplomacia de França, Reino Unido e Alemanha, mais a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), Kaja Kallas, com o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, e a sua equipa.
Após a reunião, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, declarou à imprensa que o Irão tinha manifestado "a sua vontade de prosseguir as discussões sobre o seu programa nuclear" e mostrou-se otimista quanto à abertura das discussões, "incluindo com os Estados Unidos".
Araqchi sublinhou que tinha manifestado aos seus interlocutores a vontade de realizar uma nova reunião num futuro próximo, mas Teerão acaba por condicionar as negociações à cessação das agressões por parte de Israel, algo a que Israel se opõe.
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.
O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.
O conflito já fez dezenas de mortos e centenas de feridos de ambos os lados.
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