Cerca de 300 cidadãos chineses foram retirados em segurança de Israel, através de postos fronteiriços com o Egito e a Jordânia, face ao agravamento do conflito entre esse país e o Irão, informou hoje a diplomacia chinesa.
De acordo com dados oficiais, até à noite de quinta-feira, cerca de 300 pessoas, na sua maioria estudantes, deixaram Israel através de passagens terrestres, uma vez que o espaço aéreo do país permanece parcialmente fechado desde o início da escalada, em 13 de junho.
Uma operação especial coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês e pelas embaixadas no Egito e na Jordânia permitiu na quinta-feira a saída de 119 cidadãos - entre eles 117 estudantes e dois residentes de Hong Kong - que cruzaram pela passagem de Taba e foram posteriormente transferidos para o Cairo, capital egípcia.
O embaixador chinês no Egito, Liao Liqiang, assegurou que os preparativos para a operação foram concluídos em menos de 24 horas e incluíram o envio de uma equipa consular para a zona, bem como a coordenação com as autoridades egípcias para garantir a segurança do transporte.
A embaixada chinesa instou os cidadãos que ainda permanecem em Israel a registarem-se para futuras evacuações, previstas a partir desta sexta-feira, e lembrou que algumas passagens fronteiriças podem ser fechadas intermitentemente, dependendo da evolução do conflito.
A China também mantém operações de transferência a partir do Irão, onde residem cerca de 4000 cidadãos chineses, e reiterou a sua preocupação com a situação regional, apelando ao cessar-fogo.
Nesta quinta-feira, o Presidente chinês, Xi Jinping, manteve uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na qual defendeu que um cessar-fogo é "prioritário" face ao que classificou como uma "situação crítica" na região.
Xi advertiu que o uso da força só agravará o conflito e pediu que se respeite o direito internacional e se proteja os civis.
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