Putin dá razão a Trump: "Guerra não teria acontecido se fosse presidente"

O presidente dos Estados Unidos já referiu várias vezes que a guerra na Ucrânia "não teria acontecido se fosse presidente" na altura da invasão, em fevereiro de 2022. Três anos depois, o homólogo russo afirmou que o republicano "está correto".

Trump, Putin

© Reuters

Márcia Guímaro Rodrigues
19/06/2025 12:19 ‧ há 4 horas por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu, na quinta-feira, que, se Donald Trump, "fosse o presidente" dos Estados Unidos em 2022, "talvez" a guerra na Ucrânia não teria acontecido e lembrou que disse ao ex-presidente, Joe Biden, que os "conflitos devem ser evitados"

 

"Trump tem dito repetidamente que, se fosse o presidente, a guerra na Ucrânia não teria acontecido. Creio que ele está correto a esse respeito", disse Putin, numa mesa redonda com editores de agências internacionais, no âmbito do Fórum Internacional de São Petersburgo.

A Rússia, recorde-se, deu início à chamada "operação especial militar" na Ucrânia em fevereiro de 2022, quando o democrata Joe Biden estava na presidência dos Estados Unidos.

"Numa das minhas últimas conversas telefónicas com o senhor Biden, não vou entrar em pormenores, embora tenhamos naturalmente registos dessa discussão, disse-lhe explicitamente que os conflitos devem ser evitados e que todas as questões devem ser resolvidas por meios pacíficos. Disse exatamente isso a Biden", explicou Putin.

Putin considerou, então, que, "se Trump fosse o presidente" dos Estados Unidos, "talvez este conflito não tivesse acontecido". "Reconheço isso", frisou.

Sublinhe-se que Donald Trump e Vladimir Putin falaram recentemente, no passado dia 4 de junho. No entanto, o republicano adiantou que, apesar de ter sido "uma boa conversa", não foi "uma conversa que levará à paz imediata" na Ucrânia.

Trump falou com Putin:

Trump falou com Putin: "Boa conversa, mas não levará à paz imediata"

A conversa, por telefone, entre Donald Trump e Vladimir Putin durou 1h15 e, além do conflito na Ucrânia, foram também discutidas as negociações dos Estados Unidos com o Irão sobre o programa nuclear iraniano. 

Notícias ao Minuto | 18:22 - 04/06/2025

Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu pôr fim ao conflito no prazo de 24 horas, revendo esta promessa para seis meses após a sua tomada de posse, em 20 de janeiro. No entanto, passaram cinco meses e a Ucrânia e a Rússia continuam sem chegar a acordo.

Além de garantir que conseguia acabar com o conflito em 24 horas, o republicano também disse em diversas ocasiões que a invasão russa da Ucrânia "nunca teria acontecido" se fosse ele o líder norte-americano em 2022.

Logo em abril de 2022, apenas dois meses após o início da invasão russa, Trump frisou que havia "uma guerra que nunca teria acontecido se fosse presidente" e revelou que ameaçou o presidente russo "como ele nunca foi ameaçado antes".

No entanto, em março deste ano, Trump admitiu que estava a ser "um pouco sarcástico" quando afirmou (diversas vezes) que conseguiria resolver o conflito em 24 horas.

"Bem, eu estava a ser um pouco sarcástico quando disse isso", respondeu o presidente norte-americano, após ter sido questionado sobre a sua promessa, em entrevista ao programa Full Measure. 

"O que eu realmente quero dizer é que gostaria de resolver o problema e eu acho que vou ser bem-sucedido", atirou.

Acabar a guerra em 24h? Trump admite:

Acabar a guerra em 24h? Trump admite: "Estava a ser um pouco sarcástico"

Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu pôr fim ao conflito no prazo de 24 horas e repetiu a promessa após tomar posse como presidente dos Estados Unidos.

Notícias ao Minuto | 11:41 - 15/03/2025

Recorde-se a invasão russa - justificada pelo presidente russo com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Putin diz que rearmamento da NATO "não é uma ameaça" para a Rússia

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