Estudante chinês que violou várias mulheres condenado a 24 anos de prisão

Zhenhao Zou, de 28 anos, um estudante de doutoramento, foi acusado de drogar e violar dez mulheres no Reino Unido, tendo já conhecido a sentença. As autoridades acreditam que o número de vítimas possa ser maior.

Zhenhao Zou

© Metropolitan Police/Handout via REUTERS

Notícias ao Minuto
19/06/2025 20:33 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

Um estudante chinês de doutoramento, considerado culpado de drogar e violar dez mulheres no Reino Unido e na China, foi condenado a prisão perpétua, com uma pena mínima de 24 anos de prisão, por um tribunal de Londres.

 

Zhenhao Zou, de 28 anos, que vivia no sul de Londres, usava plataformas online e aplicações de encontros para conhecer mulheres, convidando-as para sua casa sob o pretexto de beber uns copos e estudar. A seguir, drogava-as.

Zou começava a filmar-se a violar e a agredir sexualmente as vítimas enquanto estavam inconscientes. Posteriormente, o estudante ficava com joias e algumas roupas das vítimas. 

O estudante chinês escondia as câmaras ou o seu telemóvel para gravar os ataques, guardando depois os vídeos.

De acordo com a Sky News, a juíza considerou que o homem de 28 anos era "muito brilhante" e que usou "uma máscara encantadora" para esconder que era um "predador sexual".

Acrescentou ainda que Zou "planeou e executou uma campanha de violação", tendo tido "efeitos devastadores e de longo termo" para as suas vítimas e ainda que ele tratou as mulheres, que eram "peças de um jogo elaborado", de forma "insensível" e como "brinquedos sexuais".

A juíza notou ainda que o estudante tem "interesse sexual" para "afirmar o seu poder e controlo sobre as mulheres" e que "não percebe o significado de consentimento".

Durante a audiência da sentença, foram também lidos os depoimentos de três vítimas. Uma delas revelou que os abusos, que ocorreram em 2021, aconteceram enquanto estava "inconsciente" depois de ter estado a beber com amigos durante quatro ou cinco horas, em Chinatown.

"Aquele momento vai permanecer na minha mente para sempre. Como resultado, agora sofro tanto psicologicamente como fisicamente. As memórias desencadeiam enxaquecas e dores físicas nas zonas onde me violou e dá-me vontade de me limpar. Até hoje, luto para confiar em alguém. Evito novas amizades porque estou presa ao que ele fez", contou.

Já a segunda vítima relatou que foi violada enquanto estava "bêbeda e inconsciente" no apartamento de Zou, em maio de 2023: "Quando fecho os olhos, revivo o momento".

A terceira vítima foi violada num local desconhecido, na China, tendo dito que quando viu a cara do estudante nas notícias o seu "corpo tremeu" e que voltou a ter "insónias e ansiedade".

As autoridades encontraram perto de 1.300 vídeos, sendo que este caso é considerado um dos maiores que a equipa digital da Polícia Metropolitana de Londres já teve. 

O júri do julgamento teve de assistir a várias horas de filmagens e, uma vez que os vídeos era considerados demasiado gráficos, as pessoas (que pertenciam ao júri) foram dispensadas deste serviço durante duas décadas.

Embora Zhenhao Zou tenha sido considerado culpado de 11 violações a dez mulheres, as autoridades acreditam que o número de vítimas deverá ser maior, podendo ascender as 50. Este número torna-o um dos piores agressores sexuais do Reino Unido.

De recordar que, segundo divulgou o The Guardian, em março, Zou, de 28 anos, violou três mulheres em Londres e sete na China, entre 2019 e 2024. 

Nos vídeos dos crimes, as mulheres estão inconscientes ou atordoadas devido aos estupefacientes, sendo que a maioria ainda não foi identificada. Nas imagens, o arguido ignora os apelos das vítimas para que ele parasse com os ataques.

As gravações acabaram por ser uma prova essencial durante o julgamento.

Em tribunal, o estudante vangloriou-se de ter "cinco novas parceiras sexuais todos os meses" e confessou ser um ávido utilizador de pornografia extrema.

Por sua vez, Zou negou as 35 acusações, mas acabou por ser condenado pelas violações, assim como por posse de pornografia extrema, onde se incluía mulheres a serem violadas enquanto estavam inconscientes, uso de um componente para o abuso sexual e uma acusação de detenção ilegal.

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