O Ministério Público colombiano anunciou na quinta-feira a detenção de um quarto suspeito, presumivelmente cúmplice da tentativa de assassinato de Miguel Uribe, senador e candidato conservador à presidência da Colômbia, que continua em estado crítico.
Em 07 de junho, o deputado de 39 anos foi atingido por três tiros, dois dos quais na cabeça, quando discursava perante apoiantes num parque de Bogotá, a capital colombiana.
Na passada segunda-feira, foi submetido a uma nova intervenção cirúrgica de urgência devido a uma hemorragia cerebral e o seu estado de saúde é descrito como "extremamente grave", de acordo com o último comunicado da clínica onde está a ser tratado.
O Ministério Público não precisou o grau de envolvimento deste quarto suspeito detido, que se junta ao atirador de 15 anos, que alvejou o senador, ao condutor da motorizada que transportou o adolescente ao local do crime, e à pessoa que lhe terá fornecido a arma.
Segundo os meios de comunicação social locais, este quarto detido foi visto por câmaras de vigilância a espreitar no local do atentado.
O homem será hoje presente a um juiz, que avaliará as acusações que lhe são imputadas.
Os três primeiros suspeitos foram acusados de tentativa de homicídio e de porte ilegal de armas. Um quinto suspeito continua a monte.
O atirador adolescente é suspeito de fazer parte de uma rede de assassinos contratados. De acordo com edição do passado sábado da revista "Semana", o adolescente terá confessado que recebeu uma oferta de 20 milhões de pesos (quase 4.300 euros).
Segundo o advogado de Miguel Uribe, Victor Mosquera, os avanços nas investigações revelam que uma "organização estruturada" com um "historial de atentados contra dirigentes (políticos) de direita" esteve na origem do ataque.
Miguel Uribe, membro do partido Centro Democrático do antigo presidente de direita Álvaro Uribe (2002-2010, de quem não é familiar), anunciou em outubro passado a sua intenção de se candidatar às eleições presidenciais de maio de 2026.
Miguel Uribe Turbai é filho de Diana Turbay, jornalista assassinada em janeiro de 1991, depois de ter sido raptada pelo cartel de Medellín, de Pablo Escobar, e neto de Julio Cesar Turbay, presidente da Colômbia entre 1978 e 1982.
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