Avalanche de detenções: Teerão intensifica perseguição a alegados espiões

As autoridades iranianas realizaram nos últimos dias várias operações contra alegados agentes dos serviços secretos israelitas (Mossad), com uma série de detenções e o desmantelamento, hoje, de uma oficina onde eram produzidos drones.

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© Eyal Warshavsky/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
18/06/2025 15:46 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Israel/Irão

Dezenas de pessoas foram detidas desde segunda-feira, em operações das forças iranianas que também apreenderam armas, explosivos e drones (aeronaves não-tripuladas) que Israel estava alegadamente a fabricar no interior do Irão para realizar atentados, noticiaram vários meios de comunicação social iranianos.

 

O porta-voz do parlamento da República Islâmica, Mohammad Bagher Ghalibaf, indicou na segunda-feira que a maioria dos ataques que Israel tem vindo a realizar desde o início da manhã de 13 de junho não são ataques diretos, mas estão a ser levados a cabo "com a ajuda de infiltração interna".

Por isso, além de lançar mísseis contra Israel, o Irão está a concentrar esforços em buscas no seu próprio território e no reforço das defesas.

Nesse sentido, o diário Tehran Times noticiou que pelo menos 61 drones, munições e mísseis de cruzeiro israelitas foram destruídos pela Força Aérea iraniana desde esta manhã.

Hoje, a Guarda Revolucionária anunciou num comunicado, citado por várias agências oficiais, que deteve "cinco traidores", que associou a espiões da Mossad, na província ocidental de Lorestão.

Segundo o comunicado, "estes mercenários" estavam a tentar criar distúrbios da ordem pública e a participar em campanhas nas redes sociais para desacreditar o regime islâmico.

Mais duas pessoas foram detidas hoje, quando as autoridades iranianas desmantelaram uma oficina de produção de "drones suicidas" em Pishva, perto de Teerão, numa operação que começou quando encontraram um camião que transportava oito desses aparelhos, segundo o 'site' de informação iraniano Iran Nuances.

Também hoje foi detido um estudante universitário afegão, que a polícia iraniana acusou de estar ligado aos serviços secretos israelitas por ter no telemóvel documentos sobre uma oficina de fabrico de bombas e drones.

Além disso, as forças de segurança iranianas também prenderam, na terça-feira à noite, uma "equipa terrorista" alegadamente da Mossad, perto de Teerão, quando esta transportava explosivos, drones e armas num camião, que planeava utilizar para atacar locais densamente povoados.

De acordo com o Tehran Times, uma das maiores operações ocorreu na segunda-feira, quando as autoridades iranianas encontraram uma grande equipa de operações de Israel em Teerão, numa operação em que detiveram 28 pessoas.

Israel lançou na madrugada de 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.

Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordow.

Os ataques causaram centenas de mortos, incluindo comandos militares e cientistas que trabalhavam no programa nuclear.

O Irão retaliou com lançamentos de mísseis e drones contra várias cidades israelitas que mataram mais de duas dezenas de pessoas.

As autoridades da República Islâmica indicaram hoje que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 232 mortos e 1.800 feridos, ao passo que o Governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas em território israelita.

Leia Também: Teerão reivindica ataque contra serviços secretos em Telavive

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