Israel, Irão, Iraque e Jordânia fecharam o espaço aéreo na sexta-feira de manhã, provocando o cancelamento de muitos voos de e para o Médio Oriente, ou daqueles que planeavam sobrevoar a região.
Os voos da Air India de Nova Deli-Viena e Bombaim-Londres preparavam-se para entrar no espaço aéreo iraniano na sexta-feira quando Israel lançou o ataque, segundo o 'site' Flight Aware.
Os aviões regressaram aos aeroportos de origem, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
Devido à "situação no Irão", vários voos da Air India entre a Índia e os Estados Unidos ou a Europa tiveram de parar em aeroportos europeus, sauditas ou dos Emirados Árabes Unidos na sexta-feira, informou a companhia aérea.
A Air France também anunciou na sexta-feira a suspensão dos voos entre Paris e Telavive "até nova ordem", mas manteve os serviços para o Líbano e outros aeroportos da região.
A Lufthansa, o maior grupo europeu do setor, suspendeu os voos para Teerão até 31 de julho, prolongou a suspensão dos voos para Telavive pelo mesmo período e evitará o espaço aéreo dos dois países, bem como do Iraque, "até nova ordem".
A Swiss alinhou com estas decisões, optando, além disso, por suspender os voos para Beirute e não retomar os voos para Telavive até 25 de outubro.
A transportadora grega Aegean Airlines suspendeu os voos para Telavive até 12 de julho e os voos para Beirute, Amã e Erbil (Iraque) até 28 de junho.
O encerramento do espaço aéreo israelita levou ao cancelamento de todos os voos com partida de Israel, incluindo os das companhias aéreas locais El Al (até domingo) e Israir (até hoje).
As transportadoras do Golfo cancelaram na sexta-feira vários voos de e para o Iraque, a Jordânia, o Líbano, o Irão e a Síria.
Os aeroportos internacionais do Dubai, que operam um grande número de voos para a região, anunciaram uma série de "cancelamentos ou adiamentos devido ao encerramento do espaço aéreo no Irão, Iraque e Síria".
A agência russa de aviação civil, Rossaviatsia, ordenou às companhias aéreas russas que deixassem de efetuar voos de e para Israel e Irão, e que não entrassem no espaço aéreo israelita, jordano, iraquiano e iraniano até 26 de junho.
A transportadora norte-americana Delta Air Lines suspendeu a rota Nova Iorque JFK-Telavive até 31 de agosto, e a congénere United fez o mesmo com a rota Nova Iorque/Newark-Telavive até uma data não especificada.
A aviação civil, que fez da segurança a pedra angular, tem cada vez mais dificuldade em fazer face ao alastramento das hostilidades em todo o mundo.
Segundo os profissionais, as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, os golpes de Estado na África do Sahel e o desenvolvimento de zonas sem lei estão a criar uma dor de cabeça sem precedentes nas rotas de longo curso.
Israel atingiu na sexta-feira cerca de uma centena de alvos no Irão, incluindo instalações nucleares, e matou os dois mais altos responsáveis militares da República Islâmica, que retaliou com o lançamento de mísseis e 'drones' contra Telavive e Jerusalém.
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