A Marinha norte-americana ordenou ao contra-torpedeiro USS Thomas Hudner, navio equipado para defesa contra mísseis balísticos, que inicie a sua deslocação do Mediterrâneo Ocidental para o Mediterrâneo Oriental. Um segundo contra-torpedeiro também está disponível para avançar se for necessário.
O presidente dos EUA, Donald Trump, vai reunir-se hoje com os principais responsáveis do Conselho de Segurança Nacional para discutir a situação. Os responsáveis dos EUA falaram sob anonimato para partilhar detalhes que ainda não foram tornados públicos, informa a agência de notícias.
As forças norte-americanas na região têm tomado medidas preventivas há vários dias, incluindo a saída voluntária de familiares de militares estacionados em bases regionais, antecipando os ataques e com o objetivo de proteger o pessoal caso haja uma resposta em larga escala por parte do Irão.
Habitualmente, cerca de 30 mil soldados norte-americanos estão destacados no Médio Oriente, mas atualmente encontram-se na região cerca de 40 mil, segundo um terceiro responsável dos EUA. Esse número chegou a atingir os 43 mil em outubro passado, no pico das tensões entre Israel e o Irão, bem como dos ataques contínuos dos Houthis -- apoiados pelo Irão -- a navios comerciais e militares no Mar Vermelho.
A Marinha norte-americana tem ainda outros meios que poderá deslocar para o Médio Oriente, como porta-aviões e os navios de guerra que os acompanham. O porta-aviões USS Carl Vinson encontra-se atualmente no Mar Arábico, o único do género na região.
O porta-aviões USS Nimitz está no Indo-Pacífico e poderá ser redirecionado para o Médio Oriente, se necessário. O USS George Washington deixou recentemente o porto no Japão e também poderá ser enviado para a região, acrescentou um dos responsáveis que falou com a AP.
O então Presidente Joe Biden reforçou inicialmente a presença naval para proteger Israel após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadearam a guerra em Gaza. Na altura, esse movimento foi visto como um fator de dissuasão contra o Hezbollah e o Irão.
A 01 de outubro de 2024, navios da Marinha dos EUA dispararam cerca de uma dúzia de mísseis em defesa de Israel, quando o país foi alvo de mais de 200 mísseis disparados pelo Irão.
Israel iniciou na madrugada de hoje uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares que mataram vários altos oficiais iranianos, bem como cientistas e outros civis.
Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).
O Governo israelita afirmou que a operação militar vai continuar e as autoridades iranianas ameaçam responder aos ataques israelitas.
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