De acordo com a agência de notícias oficial palestiniana, Wafa, Ben Gvir chegou acompanhado por centenas de colonos israelitas e escoltado pela polícia, e realizou orações judaicas nos pátios da esplanada, horas depois de ter sido condenado pelo Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Noruega por incitar à violência contra palestinianos.
Em comunicado, o grupo islâmico Hamas disse que a visita do ministro israelita demonstra a "indiferença pelos sentimentos dos muçulmanos" e a "arrogância deste Governo extremista e da sua insistência em incitar uma guerra religiosa".
Ao abrigo do estatuto que rege o local após a ocupação israelita de Jerusalém Oriental na guerra de 1967, os visitantes não muçulmanos do Monte do Templo só são permitidos no local durante o horário de visita, de domingo a quinta-feira, e não estão autorizados a rezar nesse espaço.
A esplanada é uma fonte frequente de disputa e controvérsia, uma vez que um segmento da extrema-direita judaica israelita - representado por Ben Gvir e por Bezalel Smotrich, o outro ministro israelita condenado pela comunidade internacional - reivindica o controlo do complexo como o local onde o Primeiro e o Segundo Templos foram erguidos há mais de 2.000 anos.
A Jordânia é atualmente responsável pela manutenção do local, que alberga a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, um dos símbolos mais famosos de Jerusalém.
Leia Também: Ativistas apoiam Hamas e Hezbollah? "Não ouvi nada", diz Greta Thunberg