A ativista sueca Greta Thunberg, que regressou à Suécia na noite passada, depois de ter estado no veleiro 'Madleen' com ajuda humanitária que tinha como destino a Faixa de Gaza, afirmou desconhecer que alguns dos seus companheiros de viagem teriam demonstrado apoio ao Hamas e ao Hezbollah.
"Não ouvi nada sobre isso ou o que a pessoa terá dito", disse a jovem ativista quando questionada sobre o assunto pelos jornalistas no aeroporto, tendo ainda sido perguntada sobre se não se tinha informado acerca das pessoas que viajariam com ela: Respondeu que não "porque não tenho telemóvel".
"Devo perguntar a todos o que eles disseram? Isso levaria algum tempo", afirmou Greta Thunberg, citada pelo Dailymail.
Segundo o tablóide britânico, o organizador da missão da Flotilha da Liberdade (FCC, sigla em inglês), Zaher Birawi, foi acusado de ser um "agente do Hamas" pelo deputado do Partido Trabalhista, Christian Wakefield, em 2023.
Zaher Birawi, que vive no Reino Unido e, segundo o próprio, um dos fundadores da FCC, foi também assim rotulado por Israel.
Já o ativista brasileiro Thiago Avila, que esteve no barco com Greta Thunberg, terá assistido ao funeral do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, no ano passado, tendo escrito nas redes sociais que foi "inspirado" pelo chefe do grupo libanês.
De recordar que Greta Thunberg, que foi considerada "persona non Greta" em Israel, acusou o país de ter "sequestrado em águas internacionais" o veleiro 'Madleen' onde seguia com outros 11 ativistas com o objetivo de entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
"Fomos sequestrados em águas internacionais e levados contra a nossa vontade para Israel", disse Thunberg aos jornalistas, afirmando que "não infringiu nenhuma lei" com a tripulação do veleiro que partiu da Itália a 01 deste mês para "romper o cerco" a Gaza.
Oito ativistas, entre os quais a eurodeputada francesa de origem palestiniana Rima Hassan, recusaram-se a assinar os documentos de deportação, pelo que serão levados a tribunal para que a Justiça autorize a sua expulsão, acrescentou Saar.
Além de Thunberg, as outras três pessoas que aceitaram a deportação imediata foram o ativista espanhol Sergio Toribio, transferido num voo para Barcelona, e os franceses Omar Faiad (jornalista) e Baptiste Andre (ativista), informou agência noticiosa espanhola EFE a advogada israelita Loubna Tuma, membro da equipa jurídica da Frota.
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