Moçambique. Vandalização deixa parte da cidade Chimoio sem eletricidade

Uma parte da cidade de Chimoio, capital da província moçambicana de Manica, está hoje sem eletricidade, devido à vandalização de infraestruturas, situação que afeta cerca de 600 casas, divulgou a Eletricidade de Moçambique (EDM).

Jovens trabalham para sobreviver nos armazéns da antiga fábrica Textáfrica no Chimoio

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Lusa
05/06/2025 10:27 ‧ ontem por Lusa

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Moçambique

Em comunicado, a elétrica estatal refere que "indivíduos desconhecidos" vandalizaram um poste de média tensão durante a madrugada, "provocando a interrupção do fornecimento de energia elétrica a parte dos clientes da cidade do Chimoio".

 

"A EDM está a mobilizar equipamentos para repor o sistema vandalizada e garantir a reposição do fornecimento de energia", acrescenta.

A empresa anunciou anteriormente que registou prejuízos de cerca de 28 milhões de meticais (402 mil euros) com a vandalização de infraestruturas em 2024, menos dois milhões de meticais (29 mil euros) face a 2023.

Já em 2022, a EDM perdeu cerca de 41 milhões de meticais (589 mil euros) em resultado de 265 casos de vandalismo registados no país.

Em 2021, a elétrica registou o maior prejuízo de sempre, com cerca de 260 milhões de meticais (3,7 milhões de euros) perdidos.

Os prejuízos à empresa reduziram-se desde 2021 devido à sensibilização das comunidades através de palestras, aumento da interação com as estruturas administrativas, com os órgãos operativos, nomeadamente a Polícia da República de Moçambique e o Serviço Nacional de Investigação Criminal moçambicano, além das denúncias apresentadas pela população, segundo informação da empresa.

A EDM referiu que a província de Maputo, no sul de Moçambique, e as quatro províncias do centro do país, incluindo Manica, lideram os casos de vandalismo de infraestruturas elétricas.

Em março, a elétrica estatal anunciou a recuperação de cerca de 12 toneladas de material da empresa vandalizado e roubado que seria vendido na África do Sul, com dois detidos pela polícia.

"Estes cabos foram retirados de postos de transformação e linhas de distribuição, afetando diretamente milhares de clientes. A vandalização das infraestruturas elétricas continua a ser um grande desafio para a empresa", disse Meque Licenga, supervisor de infraestruturas elétricas na EDM.

O material, que inclui cerca de 12 toneladas de cobre e oitenta radiadores, foi apreendido pela polícia moçambicana no município da Matola, província de Maputo, tendo sido detidos o motorista e proprietário do camião que transportava o equipamento.

"Recebemos denúncias por parte da EDM, o que nos obrigou a intensificar o trabalho de fiscalização, tendo culminado com a apreensão do camião que transportava cobre com destino à África do Sul, [país vizinho de Moçambique]", disse Hélder Juvêncio, chefe do departamento de relações públicas no comando da Polícia da República de Moçambique na província de Maputo, citado no documento.

A elétrica moçambicana aponta o roubo e vandalização de infraestruturas como um dos "grandes desafios" da empresa, referindo que tem causado "grandes prejuízos", além de atrasar o cumprimento da meta de acesso universal à energia até 2030.

"A EDM reforça o apelo à vigilância e a denúncia de qualquer ato que atente contra a integridade das infraestruturas elétricas", apelou anteriormente a empresa.

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