Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que houve uma consolidação das mudanças do perfil religioso do Brasil na última década, marcada pela ascensão dos evangélicos, que passaram de 21,6% da população em 2010 (35 milhões) para 26,9% em 2022 (47,4 milhões).
A quantidade de pessoas que se declararam sem religião no Brasil também cresceu 1,4 pontos percentuais entre 2010 e 2022, passando de 7,9% para 9,3%.
O IBGE refere que houve ainda um aumento do número de pessoas que se declararam adeptas das religiões de matriz africana umbanda e candomblé (de 0,3 % em 2010 para 1%, em 2022) e outras religiões (de 2,7% para 4%).
Houve um pequeno declínio no número de brasileiros que declararam seguir a religião espírita (de 2,2% para 1,8%) no mesmo período.
Já as religiões de tradições indígenas representaram 0,1% das declarações dadas pelos brasileiros que responderam ao último Censo realizado em 2022.
Embora os católicos sejam a maioria em todos os grupos de idade no Brasil, a sua proporção variou entre 52%, no grupo de 10 a 14 anos de idade, a 72%, no grupo de 80 anos ou mais.
Entre os evangélicos, a relação é inversa, ou seja, a maior proporção (31,6%) encontra-se no grupo mais jovem, de 10 a 14 anos, e o grupo de 80 anos ou mais representou a menor proporção, com 19%.
O grupo sem religião atingiu a sua proporção máxima na faixa entre 20 e 24 anos (14,3%) e a mínima entre a população com 80 anos ou mais de idade (4,1%).
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