"Uma unidade de contraterrorismo das Forças de Defesa do Exército intercetou e neutralizou dois terroristas armados em Munyonyo esta manhã", perto da basílica, num bairro da capital, anunciou um porta-voz militar, Chris Magezi, na sua conta na rede social X.
"Esta foi uma operação da inteligência e os serviços de segurança estão em alerta máximo para garantir que as celebrações do Dia dos Mártires do Uganda continuem sem interrupções", acrescentou.
Magezi difundiu esta mensagem depois de os meios de comunicação locais terem publicado notícias sobre uma explosão na zona do Santuário dos Mártires de Munyonyo, onde centenas de pessoas estavam reunidas para homenagear um grupo de 45 cristãos que foram executados entre 1885 e 1887 por se recusarem a renunciar à sua fé durante o reinado do rei Mwanga II de Buganda.
"A população deve manter a calma, mas, ao mesmo tempo, ficar em alerta e relatar qualquer pessoa, objeto ou atividade suspeita aos serviços de segurança", insistiu o porta-voz do exército.
A explosão atingiu os dois supostos terroristas, um homem e uma mulher, que estavam a aproximar-se do edifício religioso numa motocicleta, de acordo com testemunhas.
Enquanto isso, o Inspetor-Geral da Polícia, Abas Byakagaba, confirmou numa declaração em vídeo que não existiram mais vítimas, além dos dois motociclistas.
"Todas as agências de segurança estão presentes e temos tudo sob controlo", acrescentou.
Em 2021, Kampala foi alvo de dois ataques suicidas atribuídos às Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo rebelde com origem no Uganda e com sede na vizinha República Democrática do Congo (RDCongo).
As autoridades ugandesas também os acusaram de organizarem assassínios - e tentativas de assassínios - com motociclistas armados contra altas autoridades.
Os alvos do grupo não são claros, além de uma possível ligação com a organização extremista do Estado Islâmico (EI), que às vezes reivindica a responsabilidade pelos seus ataques.
O pior ataque do ADF no Uganda ocorreu em junho de 2023, quando os rebeldes mataram mais de 40 pessoas, a maioria alunos, numa escola pública em Lhubiriha (oeste), perto da fronteira com a RDCongo.
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